Há registros que indicam que esta não é a primeira vez que lhe são verificados sinais de convicção. O antecedente de mais realce foi quando se opôs participar num “complot” que resultaria em  lucros de cerca USD 5 milhões provenientes de uma operação com o grupo INALCA que com ajuda de elementos do poder (Manuel Pacavira e empresas conotadas com Fernando da Piedade Dias dos Santos) pretendiam introduzir conservas em Angola antes recusadas por Cuba. Especialistas haviam alertado que as conservas estavam em vias de serem classificadas como “estragadas”.  O INALCA ou Inter-Inalca é uma empresa italiana de Importação e distribuição à grosso de carne em lata e congelada e enchidos de outros géneros alimentares, prevê, a longo prazo, investir na instalação de uma fazenda agrícola para a produção e venda de produtos para a alimentação em Angola.

Embora não sendo formado em qualquer ciência e apesar de alguns excessos durante o seu mandato no MINCO, o que não fugiu a regra nem foi diferente dos demais Ministros do MPLA, Muafumba tem a reputação de ser integro por não ter desfalcado os cofres do Minco como é norma nos ministerios em Angola.

Joaquim Muafunba foi no passado delegado do Ministério do Comercio no Lubango. Viveu na Alemanha onde foi coordenador do Comitê da UNITA em Frankfurt. Mais  tarde foi indicado  coordenador geral do “Galo Negro” em terras germânicas após o seu regresso da Jamba onde se deslocara para assistir um Congresso que ali decorria.

Caso aceitasse renunciar a UNITA em troca da pasta de Embaixador, o ex Ministro seria apresentado na televisão a fazer leitura de uma carta de renuncia. Episodio identico aconteceu com um ex Governador da Lunda Sul pela UNITA, Marcial Miji Itengo, já na casa dos 70 anos de idade. Antes de aparecer na media renunciando o seu partido, o ex Governador confidenciou a um circulo influente da direção do “Galo Negro” que estaria próximo de submeter-se as pressões que estava a ser sujeito pelo regime  para renunciar aquele partido. Um dia antes das eleições afastou-se também da UNITA, Eduardo “Dinho Chingunjo”, alegando por de lado as questões partidárias para servir interesses nacionais.

Analises de alto nível revelam que a política de aliciamento aos quadros do “Galo Negro” tem como objectivo primário moldar a consciência da população com a imagem de uma UNITA totalmente fragmentada fruto das deserções. Estes dados segundo as analises serão necessários para esvaziar questionamento no futuro dos resultados eleitorais nas presidências. Segundo se aventa em círculos restritos em Luanda, a percentagem dos votos que se atribuirá aos candidatos da oposição devera ser   10% dos votos.

Fonte: Club-k.net