Luanda – O Tribunal Provincial de Luanda condenou, no passado dia 30 de Julho, um grupo constituído por seis indivíduos, entre os quais quatro homens e duas mulheres, que estiveram envolvidos no assassinato do filho do ex-deputado à Assembleia Nacional, Sapalo António, e um amigo, ocorrido no dia 25 de Março de 2012.
Fonte: O País
O juiz presidente da 5º Secção de Crimes Comuns, Januário José Domingos, decretou 20 anos de prisão efectiva para o arguido Fuche da Cunha João Cabalo, por ser maior de 21 anos na altura em que foram cometidos os crimes.
De acordo com o acórdão lido em tribunal, pesou ainda na sentença o facto de ser o mais velho do grupo e ter a missão de conduzir a viatura roubada até à província de Malange, onde seria comercializada.
Fuche Cabalo exercia o papel de motorista do grupo por ser o único que tem carta de condução e cuja aparência não despertaria a atenção dos oficiais da Polícia de Trânsito, bem como dos agentes da Brigada Especial de Transito.
Os réus Evaristo Mabanza João, Carlos Comprido Sampaio e Evaristo Domingos, foram condenados a pena de 16 anos de prisão efectiva por serem os autores dos raptos e dos homicídios dos dois amigos “inseparáveis”. Pesou a favor dos acusados o facto de serem menores de 20 anos à data dos factos.
Segundo uma fonte que assistiu ao julgamento, o magistrado judicial terá revelado que os algozes interpelaram o jovem que se fazia transportar numa viatura de marca Toyota Fortuner e o colocaram com uma arma de fogo, exigindo-lhe que o s acompanhasse até às imediações do Cemitério da Santa Ana.
Já as jovens Mariana António Joaquim e Hodete Veigas foram condenadas a 4 anos de prisão por se ter concluído que a sua acção no grupo se limitava a guardar as armas e a desfazerem-se da documentação das vítimas.
O segundo filho do ex-líder do Grupo Parlamentar do Partido de Renovação Social (PRS) foi raptado e morto entre a noite de sábado, 24, e a madrugada de domingo, 25, de Março de 2012, ao sair de um jantar realizado em casa dos pais de sua noiva, no bairro Benfica, por volta das 23 horas em companhia de um amigo.
Ao darem pelo desaparecimento de ambos os familiares e amigos passaram dois dias à sua procura pelas diversas artérias da cidade de Luanda, até encontrar os corpos por detrás dos muros do Cemitério da Camama. Contrariamente ao que tem sido habitual, quando se trata de roubo de viaturas em Luanda, os efectivos da Polícia Nacional agiram neste caso de forma célere e conseguiram deter os meliantes cerca de 24 horas depois do acontecimento na província de Malange.
Aquando da apresentação dos acusados à imprensa, pelos efectivos do Comando Provincial de Luanda, os polícias declararam que os delinquentes se dirigiam para as Lundas, onde pretendiam vender a viatura.
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