Nova Iorque - As “batotas” e “cabulas” nunca deveriam fazer parte do nosso léxico, principalmente num momento crucial pós independência.

Fonte: Club-k.net


O que se pretende aqui é repôr a dignidade cívica e moral das nossas instituições judiciária e ética.Mas, é importante compreendermos (no sentido de aceitarmos como realidade) as obrigações morais que o presente impõe a cada um de nós. E, infelizmente, não há remendos para tal exigência – ou obedecêmo-la, ou estaremos condenados ao fracasso!

É uma afronta moral e cívica condicionar o anafalbetismo como entrave à realização de escrutínios gerais ou parciais. Caso fosse o anafalbetismo o maior pretexto de todas nossas maldições – hoje, o colonialismo português nunca seria um facto!

Aliás, hoje em termos de percentagem per capita, existem menos anafalbetos do que na era colonial! Matemática(mente) Falando!? É do conhecimento público nacional e internacional que o sr. Presidente da República já não está em condições físicas, psicológicas e espirituais para enfrentar os desafios que o presente lhe impõe! E é aqui... precisamente aqui que ...cada um de nós tem o direito constitucional de questionar a integridade moral do sr. Presidente da República. O consentimento de governação é um acordo mútuo baseado nos principios de respeito à obediência às leis morais e naturais. Quando essas leis não forem cumpridas por qualquer uma das partes envolvidas, só Deus sabe o que se segue!


Em vertude da disfuncionalidade do nosso sistema jurídico o melhor que nos resta seria enfrentarmos a realidade seja qual for! Continuar a depositar falsas esperanças em pleitos eleitorais seria exigir mais sacrifícios acrescidos aos “supostos” analfabetos, enquanto o sr. Presidente da República procura meios sufisticados para satisfazer os seus próprios compromissos para com os interesses alheios aos da Nação!!!! E eis – meus Sras. e Srs. – a necessidade da convocação urgente de uma Conferência Nacional, com a participação de todas as "forças vivas" dessa terra, para perguntarmos ao único e legitimo proprietário de Angola a sua opinião.

Essa Conferência deve ser encarada como um mecanismo para sararmos as nossas mágoas, aceitarmos a realidade tal como se apresenta, negociarmos os nossos respectivos interesses e projetarmos o futuro.

Mas, tudo isso só pode ser feito com toda nossa melhor franqueza e honestidade!!! Pergunta: somos capazes de nos sentarmos e conversamos sem segundas intenções maliciosas – esse é o maior desafio que o futuro exige!!! Prof. N'gola Kiluange