Benguela – Na JURA, tem de haver pureza ideológica e coerência política. Isso significa, que tudo que se faz tem que reflectir no bom senso de não criarmos dúvidas a outrem. Dum lado, ser dirigente da JURA, significa também, ser cauteloso antes de levantar a sua mão, para uma determinada situação, veja se isso o que faz, pode suscitar duvidas e incompreensões aos demais.

Fonte: Club-k.net
Um dirigente da JURA como a vanguarda do Partido e do povo, tem de saber conter-se dos vícios que podem criar dúvidas ao povo que você pretende servir. Esse princípio político-ideológico, faz parte da linha política da UNITA, desde a sua fundação. Mantém-se até hoje inalterável.

Na UNITA, não se cria compromissos com ninguém, seja qual for o seu grau de militância (antigo ou novo, velho ou jovem). O compromisso na UNITA reside apenas naquilo que não prejudica o povo. Quer dizer que, tirando o povo não fica mais nada e ponto final.

É aí onde está a diferença entre a UNITA e o MPLA. Na UNITA exige-se a fidelidade e a honestidade, tendo em conta a máxima do Presidente fundador Dr. Savimbi, que diz que na “introspecção ninguém mente a sua consciência”.

Isto significa que publicamente a pessoa pode dizer o contrário aos outros, mas, a consciência dele revela-lhe a verdade da sua prática. Fica naquilo que na minha linguagem em umbundu, costuma-se dizer que “kakembi kapiti”. Traduzindo significa que: “quem não mente não passa lá onde acha furar para atingir o seu objectivo”.

Eu costumo dizer que na revolução há coisas que um indivíduo não aprende só na escola político-ideológica, mas há determinadas questões, que só o tempo pode esclarecer uma pessoa. É aí onde existe a diferença entre o velho e o novo. Não basta ter as suas qualidades intelecto-organizativas, mas, é preciso humildade de aceitar aprender com todos, durante muitos anos e essa escola é contínua.

Nós que aderimos a UNITA em 1974 até hoje estamos aprender sempre, como servir melhor a causa que liberta o povo. A UNITA tem 47 anos de existência, de experiências e de trabalho árduo de lidar com muitos problemas, de ordem, políticos, sociais, económicos e culturais. Só isso, me diz que estou perante um Partido idóneo, pelo que antes de eu abrir a minha boca, tenho que reflectir, seriamente, se isso que faço, isso que digo publicamente, vai me dignificar ou poderá me causar transtornos na minha marcha revolucionária.

Mas se a sociedade, os militantes do meu Partido, dizer-me o contrário, então, devo reflectir profundamente e dizer que afinal fui mal compreendido, pela maioria, pelos meus colegas, deve nessa ordem de ideias, rever a minha conduta político-social. Então, faço a minha retrospectiva e introspecção, para encontrar o caminho certo que não contraria o meu próximo, a minha Direcção e o meu Partido.

Tendo em conta que a vida é um caminho ou uma estrada por abrir, devo evitar desafiar o Partido, porque o meu objectivo não é, senão de servir o povo. Isso é que interessa para aquele que pensa servir o povo e a Pátria.

 A JURA, tem de ter um ”OLHO METRO”, significa que não deve olhar apenas aqui perto ou no chão ou ainda por aquilo que esta a sua volta, mas sim, tem que saber perspectivar o futuro, olhar longe e sobretudo ter imaginações do dia de amanhã.

Ser da JURA significa ser o futuro do Partido, do povo angolano e da sua família. Significa também, ser desinteressado, visando sempre a causa que defende no seu tempo. Não comprometa o seu objectivo e a causa, que tem pela frente.

A sua ambição seja sempre aquela que busca o princípio de amanha ser um grande dirigente, servidor do povo e desta Pátria Mãe. Não se atrapalhe com os meios materiais de hoje, senão, não irá para nenhum lado. Esse princípio não é fácil encarnar, mas é possível vencer, para aquele que pensa ser dirigente de amanhã.

O elemento da JURA, não se atrapalha com as eleições, quer sejam da JURA ou gerais, porque ele perspectiva que o dia de amanhã será melhor do que de hoje.

O Jovem da JURA estando a trabalhar desinteressadamente, amanhã numa campanha eleitoral, não precisará, queimar as suas pestanas falando para o povo porque é mesmo esse povo que sem ele querer vai-lhe obrigar candidatar-se para ser eleite. Esta reflexão é de um vosso mais velho, não só em idade, como na experiência política.

Dizia o Dr. Savimbi: “Esta Pátria se é de todos nós; é muito mais vossa, jovens angolanos”

*Secretário provincial para os Assuntos Eleitorais da UNITA em Benguela