Chueca considerou Angola um "forte" parceiro do Banco Mundial, salientando que o banco mantém há 18 anos uma presença "ativa" no país, através de financiamentos de vários projetos nas áreas da saúde, educação, infra-estruturas, água e energia.

"Continuamos um diálogo fluído com o governo de Angola, dadas as suas necessidades, no sentido de garantir a estabilidade socioeconômica do país desde o tempo da guerra", afirmou Chueca.

Segundo ele, "atualmente, Angola tem melhores condições de se beneficiar dos financiamentos do Banco Mundial", traduzidos em empréstimos para programas sociais "voltados essencialmente para a melhoria das condições de vida das suas populações".

"O que faz com que Angola tenha garantias financeiras resulta do fato da gestão da sua dívida com o exterior ter sido liquidada, sobretudo com o Clube de Paris", acrescentou.

Em relação à influência da atual crise financeira mundial na economia angolana, Chueca disse não haver dúvidas de que terá impacto, mas o país está "melhor protegido" que outros da África.

"Poderá haver um decréscimo no investimento privado e ainda o encarecimento dos empréstimos dos bancos internacionais", comentou.

Mas, ressaltou Chueca, Angola "pode aproveitar essa situação para diversificar a sua economia, através do relançamento da produção agrícola e industrial, para que os efeitos dessa crise financeira não sejam maiores".

"Angola tem reservas internacionais avaliadas entre US$ 18 bilhões e US$ 19 bilhões (R$ 41,5 bilhões e R$ 44 bilhões, aproximadamente) e isto lhe dá maior segurança para gerir a crise financeira", disse o representante do Banco Mundial.

O Banco Mundial apóia, desde 2004, o programa de desmobilização e reintegração social dos ex-militares angolanos, avaliado em US$ 100 milhões (cerca de R$ 230 milhões).

Fonte: Lusa