Perante a luta que existe entre a religião e o estado, o que preocupa não é a ousadia do Pastor Jorge Tadeu e muito menos dos macacos e os mal-cheirosos da igreja Maná, que já não sabem onde pôr os seus dízimos.Dinheiro que muito bem poderia servir para se fazer uma  boa poupança, e quem sabe, com isto melhorar a educação de milhares  ou de  centenas de crianças; mesmo que essa educação se limita-se ao aprendizado dos bons costumes de higiene, para evitar assim que um portugueszinho vindo lá de longe e conhecidamente como falsário, prepotente  e arrogante pudesse maltratar a quem mais se dá o trabalho de enfrentar seus cultos. O que preocupa, neste caso, é a inércia do Estado, a indiferença do poder político, econômico  e jurídico, ou mesmo a  sua lentidão; que é o que na verdade sustenta aquele poder dito divino. E que de divino não tem nada. Ou melhor, é tão divino quanto falso, mentiroso, mal-educado, petulante, racista, abusador, usurpador, intruso, colonial; e por que não mencionar: de português invejoso e  provocador. O que assusta é o silêncio desse Estado perante a esse tipo de abuso.

Gostaríamos  mesmo é de saber quanto é que o governo angolano tem recebido de propina da igreja Maná? Se não o governo pelo menos alguns de seus funcionários corruptos, que além de corruptos devem ser cegos;  gostaríamos de saber que papel ou grau de influência têm aqueles  - que  podendo usar um sistema de  comunicação tão influente  e poderoso, para  chamar de macacos e  malcheirosos toda uma nação- têm dentro do Estado angolano? Será que esse  é mais um caso  em que todos nós devemos nos conformar como ofendidos. Ou esse é o tipo de insucesso onde quem deveria exigir responsabilidade, ir atrás de satisfação e punição, prefere fingir que nada aconteceu. E que tudo vale apena até adiar  e prorrogar qualquer oficio em nome de uma boa propina. Facilitando que uma igreja do todo poderoso – qual título podemos dar  a tal sujeito imune a justiça, aos bons costume e a ordem -, anjo, apóstolo continue a  zombar, a  burlar-se dos Angolanos.
 
Depois de um sujeito como esse, Jorge Tadeu, imune ao castigo dos homens, quem sabe até mesmo de deus, pregar o que pregou – de que seus fieis são mal-cheiros e macacos- quem é que  estará disposto a ir para o paraíso? Fazer o quê, encontrar-se  lá com quem? Tenho certeza que nem Cristo vai querer ver algum mal-cheiroso no  paraíso e muito menos com aspecto de macaco e principalmente se for angolano. Se aqui na terra já está sendo difícil, imaginem lá no céu ao  lado de Jorge Tadeu; Jorge Tadeu ao lado de seu irmão Jesus Cristo, esses dois maltratando todo mundo, inclusive os angolanos, e até os corruptos do governo, aí sim, é que não vai sobrar  banana para macaco nenhum.
 

* Nelo de Carvalho / Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Fonte: WWW.a-patria.net