Washington - O Conselho de Administração do Grupo Banco Mundial discutiu no passado dia 26 de Setembro, a Estratégia de Parceria do País (CPS) para Angola que irá apoiar os esforços do país para melhorar o acesso a saúde, educação de qualidade, e outros serviços chaves; fortificar a governação; criar oportunidades para as mulheres e combater as alterações climáticas.

Fonte: Banco Mundial

“A aprovação desta estratégia constitui um marco histórico nas relações da Angola com o Grupo Banco Mundial”, disse Laurence Clarke, director residente para Angola.

Esta é a primeira estratégia do Grupo Banco Mundial verdadeiramente conjunta para Angola, e espero profundamente que isso irá ajudar a iniciar uma nova era de possibilidades na nossa relação histórica.

Esta estratégia abre caminho para que Angola faça pleno uso de uma gama de instrumentos/productos financeiros e de aconselhamento do Grupo Banco Mundial disponíveis na BIRD, IFC e MIGA, e assim como serviços de conhecimentos do Instituto do Banco Mundial (WBI) e, portanto, estar numa melhor posição para implementar um conjunto de respostas sofisticadas aos seus complexos desafios de desenvolvimento a medida que transita para a situação de um país de renda média.

Angola irá graduar da elegibilidade da Associação Internacional para o Desenvolvimento (AID/IDA) no final do Ano Fiscal de 2014 (Junho, 2014) como resultado de uma subida acentuada do seu Rendimento per capita que ultrapassa o limite de elegibilidade para Angola continuar a beneficiar dos recursos da IDA, o fundo do Banco Mundial para os países mais pobres. Portanto, esta CPS foi preparada para apoiar a transição e definir áreas que poderiam ser apoiadas com um novo conjunto de instrumentos, entre os quais o conhecimento que ocupa um lugar de destaque.

O CPS vai disponibilizar à Angola pesquisas económicas e sectoriais atempadas com foco no desenvolvimento rural, género, e desenvolvimento de competências/capacidade. Estas actividades irão ajudar a influenciar as políticas Governamentais para reduzir a pobreza, prover redes de segurança social para as famílias pobres e vulneráveis, e diversificar o crescimento através de apoio contínuo aos sectores não petrolíferos.

Em apoio á CPS e ao que se pretende alcançar, o Conselho de Administração também aprovou um crédito de US$75 milhões para ajudar Angola a formar 24 000 professores ensinando meio milhão de alunos em quase mil escolas primárias. Isso ajudará a melhorar a qualidade do ensino no país a medida que mais crianças são matriculadas. O número de alunos no ensino primário aumentou de 1,8 milhões para 4,2 milhões em apenas dez anos.

Os programas de formação apoiados pelo Projecto Angola Aprendizagem para Todos, financiado pela IDA irão ajudar os professores a adquirirem habilidades e conhecimentos nos próximos cinco anos. O projecto irá também ajudar na criação de um sistema de avaliação regular dos alunos, em particular para Português e Matemática e apoiar a administração baseada na escola.

“As crianças devem receber uma educação de elevada qualidade na escola primária para que elas possam estudar mais e tirar proveito das novas oportunidades de emprego a medida que a economia Angolana se diversifica,” disse Clarke. “Apesar de Angola depender fortemente de receitas do petróleo actualmente, os jovens do amanhã são a verdadeira riqueza do país a longo prazo. É com satisfação que apoiamos este segmento populacional através deste projecto”

A subvenção sem juro concedida pela IDA será complementada por uma contribuição de US$5 milhões do Governo de Angola.

A Associação Internacional de Desenvolvimento do Banco Mundial (IDA), criada em 1960, presta ajuda aos países mais pobres do mundo através da concessão de créditos a juros zero e de subvenções para projectos e programas que impulsionem o crescimento económico, reduzam a pobreza e melhorem as vidas das pessoas. A IDA é uma das principais fontes de assistência dos 82 países mais pobres do mundo, 40 dos quais estão em África.

Os projectos financiados pela IDA produzem mudanças positivas para 2,5 biliões de pessoas, a maioria sobrevive com menos de 2 dólares por dia.

Desde 1960, a IDA tem apoiado o trabalho de desenvolvimento em 108 países. Os compromissos anuais cresceram continuamente e cifraram-se numa média de USD 16 biliões nos últimos três anos, indo para África cerca de 50% destes compromissos.