Lisboa - A embaixada de Angola foi alvo este domingo de madrugada de um ataque com pedras, por desconhecidos, que destruíram duas grandes janelas do edifício, localizado na Avenida da República, em Lisboa.

 

Fonte: Lusa/Publico

A Rádio Nacional de Angola (RNA) noticiou hoje que o edifício da representação diplomática, localizado em Lisboa, tinha sido vandalizado esta madrugada, citando o embaixador de Angola em Portugal, Marcos Barrica.

 

O incidente ocorreu por volta das 6h00, quando ainda estava escuro. Tratou-se de um apedrejamento com pedras da calçada e ninguém tentou entrar no edifício, confirmou ao PÚBLICO o assessor de imprensa da embaixada, Estêvão Alberto.

 

“Foram elementos não identificados que cometeram esta barbaridade”, criticou o assessor que, no entanto, desdramatizou. “Não vamos estar aqui a especular. Não sabemos quem foi nem as razões que teve para o fazer. A polícia já esteve no local e está a investigar”, afirmou Estêvão Alberto, recusando qualquer tipo de interpretação para este acto de vandalismo.

 

As janelas atingidas são as do primeiro andar. Tendo em conta a estrutura do edifício, de fachada plana sem varandas, a representação angolana em Portugal não acredita que a intenção fosse entrar na embaixada para roubar.

 

O edifício tem um segurança 24 horas por dia e sistema de videovigilância. “Por volta das 6h00 o segurança ouviu os estrondos e veio à porta. Mas foi tudo muito rápido e já não viu ninguém na rua. A essa hora ainda está escuro”, descreve o assessor. Quanto às câmaras de filmar, estas apontam apenas para a porta e para uma parte do passeio e não conseguiram captar qualquer movimento suspeito, conta. Os agressores terão tido o cuidado de ficar fora do alcance do sistema de vídeo.

 

Não é a primeira vez que o edifício da representação diplomática angolana em Portugal é atacado. O mesmo aconteceu há cerca de seis ou sete anos – Estêvão Alberto não soube precisar – e também nessa altura não se perceber quem o fez ou as justificações.

 

Entretanto, fonte da direção nacional da PSP, contactada pela Lusa, confirmou o incidente, ocorrido pelas 6h da manhã e adiantou que a situação foi comunicada à polícia por um segurança da embaixada.

 

"Verificou-se que foram arremessadas pedras da calçada" contra a fachada o edifício, que o partiram os vidros do 'hall' de entrada e da sala de visitas, acrescentou.