Cabinda – A deslocação do vice-Presidente da República, Manuel Domingos Vicente, à província mais a norte do país originou uma espécie de “Estado de sítio”. Um dia antes da sua chegada a Cabinda, os populares sentiram-se psicologicamente intimidados pelo número incalculável dos efectivos da Polícia Nacional e das Forças Armadas Angolanas a vaguearem nas principais artérias daquela urbe.

Fonte: Club-k.net
O secretário provincial da UNITA em Cabinda, Estevão Pedro relata o facto na primeira pessoa:

Eu, Estevão Neto Pedro, Secretário Provincial da UNITA em Cabinda, venho por este meio denunciar à opinião pública nacional e internacional o seguinte:

Em virtude da visita à Cabinda do Vice-Presidente da República, Manuel Domingos Vicente, a ter lugar no dia 18 do corrente mês, a província voltou a entrar num estado de sítio não declarado, isto é, presença exaustiva de polícias e militares por todo o lado.

Sempre que essas entidades, Presidente ou Vice-Presidente da República, se deslocam à esta província, quase tudo fica parado.

Os dementes (malucos) que estão privados da razão, são automaticamente recolhidos sem dó nem piedade, maltratados, torturados e recolhidos para a cadeia do Yabi como que de criminosos ou marginais perigosos se tratasse sem o conhecimento dos seus familiares.

Na verdade dever-se-ia construir um hospital psiquiátrico onde aquela franja da sociedade deveria receber um tratamento condigno e, não serem maltratados pelos agentes da Polícia Nacional como fizeram nos últimos dias nesta cidade, sobretudo hoje, dia 17 de Novembro de 2013, na rua Duque de Chiazi junto à residência do Procurador Geral da República Adjunto, Pascoal Joaquim, por volta das 17 horas e 47 minutos.

De igual modo, os activistas dos direitos humanos não são poupados porque as suas residências e bairros ficam sitiados com a presença de polícias com o intuito de exercerem uma coacção psicológica.

Esses actos violam os direitos fundamentais dos cidadãos plasmados na constituição, diz-se que Angola é um Estado Democrático, quando na verdade estamos diante de um Estado totalitário ou ditador, onde o ditador José Eduardo dos Santos, a mais de 34 anos no poder, nada faz para melhorar a vida dos angolanos.