Luanda - Familiares dos activistas Isaias Kassule e Alves Kamulingue recusaram ir nesta quinta-feira, 28, à Procuradoria-Geral da República depois de terem sido visitados por duas pessoas que se identificaram como sendo funcionários daquela instituição.

Fonte: VOA

Sem apresentar nenhum documento comprovativo nem o motivo pelo qual os familiares deviam apresentar-se no Ministério Público, os funcionários regressaram sozinhos e os familiares pensam ir apenas na sexta-feira à Procuradoria.

Veloso Kassule, irmão mais novo de Isaías Kassule, disse desconhecer as razões de dois indivíduos da PGR irem à busca da família uma vez que tem advogados constituídos.

Os dois alegados funcionários não apresentaram qualquer documento de identificação nem um documento a explicar a razão da convocatória.

Veloso Kassule avança que devido à hora em que os dois funcionários chegaram à sua casa, a familia decidiu não ir hoje à procuradoria, mas poderá fazê-lo amanhã. Os advogados das duas famílias ainda não se pronunciaram.

De realçar que a Procuradoria-Geral da República anunciou a prisão de quatro suspeitos no envolvimento e possível homicídio dos activistas Alves Kamulingue e Isaías Cassulê, a 27 e 29 de Maio de 2012, respectivamente.

A notícia provocou várias reações na sociedade angolana e esteve na origem da morte do activista da CASA-CE, Manuel Hilberto Ganga, nas mãos da Guarda Presidencial, quando colavam cartazes em protesto contra a morte de Kamulingue e Cassulê.