Lisboa - Nelson Mandela é mais do que ele próprio, é um mito, em cuja a força e o exemplo evitou um banho de sangue na Africa do Sul, quer através de negociações impossíveis, quer pelo sentido de Estado ímpar.

Fonte: Club-k.net

O sofrimento do povo Sul-Africano, ao longo de décadas e décadas está bem documentado.a sua luta foi longa, mas sabia-o ele que era justa! E sabendo ele que a violência só pode gerar mais violência e sofrimento fez da liberdade para todos uma luta livre de ódios, lutou para erradicar um, entre vários, horror, e não inflingir horrores em nome da libertação de tal horror.

 

Foi com tal pensamento como guia que, se empenhou no combate às injustiças cometidas contra os negros. Primeiro pela via do Direito e da não violência, e a partir de 1944, na ilegalidade e na clandestinidade até até 05 de Agosto de 1962, em que é condenado a cinco anos de prisão e posteriormente a prisão perpétua com o julgamento de Rivona que terminou em 11 de Junho de 1964.


Libertado em 1990, após 27 anos de cativeiro, é libertado a 10 de Fevereiro de 1990. Desmond Tutu fez um balanço marcante dos anos de detenção de que mandela foi vitima: "Estes vinte e sete anos permitiram-lhe consolidar uma personalidade de aço. Sem eles, talvez não tivesse sido capaz de dar tantas provas de magnimidade e compaixão. Os sofrimentos que suportou conferiram-lhe uma autoridade e uma credibilidade que nada mais podia ter-lhe dado."


A democracia é o explicar, a discussão livre, o confronto organizado de ideias, são as formulas dentro das normas,a análise sem receios e com respeito pelos adversários. Numa África condenada aos partidos únicos e a eleições ganhas com 70% e sem liberdade de imprensa nunca passou pela cabeça de mandela amordaçar a liberdade como fazem, sem estados de alma, certos líderes africanos.


A reconciliação foi a prova de que foi senhor de si mesmo, a reconciliação é sem dúvida um dos elementos da sua estratégia. Assim, numa das suas visitas ao Reino Unido, após ser libertado, convidou para uma recepção todos os magnatas do Reino Unido que se tinham oposto às sanções internacionais, e apoiado à época o regime do apartheid, prestaram-lhe homenagem e passaram por ter que reconhecer a sua falta de clarividência.


Nelson mandela é um homem pouco comum, um homem de Estado e um homem de cultura.


OBS,
"para não dizer que não falei das flores."


Fernando Tomás