Lisboa – Em meios atentos aos bastidores da política angolana, está a ser considerado como “exagero” o protocolo prestado recentemente pela Embaixada de Angola em São Tome e Príncipe no intuito de apoiar o genro do Presidente da República, Sindika Dokolo, que esteve naquele país a participar na sessão de abertura da VII Bienal internacional.
Fonte: Club-k.net
Sindika Dokolo, esposo de Isabel dos Santos, esteve naquele país com as suas filhas em companhia da sua progenitora, a dinamarquesa Hanne Taabbel Kruse. Enquanto o mesmo participava nas suas actividades culturais, o embaixador de Angola naquele país, Manuel Mingas “Panda”, disponibilizou a sua própria viatura oficial de marca Peugeot para poiar a sogra de Isabel dos Santos.
Conforme conhecimento público, tanto Sindika Dokolo como a sua mãe, Hanne Taabbel Kruse, não são membros do governo de Angola ou do Estado angolano, pelo que o uso de meios diplomáticos ou protocolares, a sua disposição, como fez a embaixada em São Tome, constitui abuso de poder.
Em países democráticos, o caso despoletaria em escândalo e o ministro das Relações Exteriores seria chamado para responder ao parlamento, as razões do uso de bens públicos para apoiar entidades não fazem parte do governo de Angola.
Apesar de ser uma figura descrita como simples, Sindika Dokolo é tido como alguém sem necessidade de fazer uso de bens do Estado angolano de forma desnecessária.
Natural de Kinshasa, República Democrática do Congo, de nacionalidade congolesa, Sindika Dokolo é uma das figuras que em 2012, os Ministérios do Interior e da Justiça por via do Despacho Conjunto n.º 1706/12, concederam-lhe a nacionalidade angolana, por casamento.