Menongue – O governador provincial do Kuando Kubango, General Higino Lopes Carneiro, exonerou nesta quarta-feira, 18 de Dezembro o administrador municipal de Menongue, Antunes Fernandes Huambo, numa altura em que se encontra em gozo de férias em Luanda, autorizadas superiormente pelo próprio governador.

          Governador indicou a sua prima para o cargo

Fonte: Club-k.net
Segundo uma fonte do Club-K a partir de Menongue, capital do Kuando Kubango, Antunes Huambo que se encontra em gozo de férias junto da sua família, não foi notificado sobre a sua exoneração como determinam as normas administrativas, mas o governador enviou simplesmente um despacho à Emissora Provincial da Rádio Nacional de Angola(RNA) do Kuando Kubango para ser divulgado, dando a conhecer a ocorrência.

Para ocupar o cargo, segundo fontes do Club-K foi promovida a administradora municipal adjunta para a área técnica de Menongue, Manuela Maria Ferraz (sua prima) a quem o governador foi buscar no Kwanza Sul, há já algum tempo. Colado ou não nepotismo, a atitude do Higino Carneiro está a ser muito mal interpretado em surdina a nível da imprensa do Kuando Kubango, dizendo que o homem exonerado devia ser notificado por uma questão de urbanidade.

Segundo ainda a fonte, se se trata de uma medida acertada ou não a exoneração do administrador de Menongue, a verdade é que Higino Carneiro demonstrou desrespeito ao seu inferior hierárquico e braço direito em termos de gestão do primeiro território da província, a capital do Kuando Kubango. Com ele foi também exonerado o chefe da secretaria da referida administração municipal.

Sobre o assunto, um conhecido analista contactado pelo Club-K disse que Higino Carneiro fez uma exoneração musculada ao violar as normas demonstrativas, o que demonstra que o governador não nutria simpatia pelo seu homem mais direito ao nível do município de Menongue. “ Em regra geral o homem devia ser avisado, concordando ou não, apenas é uma questão administrativa”, observou.

Para o analista, medidas desta natureza não ajudam em nada em termos de governação, pois, segundo ainda o jurista, dá-se a percepção que o governador agiu como um general e não como um governador ou servidor público.

O Club-K contactou Antunes Huambo sobre o assunto e respondeu que soube através da imprensa a partir de Menongue e não disse mais nada. “Não tenho nada a dizer. Vou-me apresentar ao serviço depois das férias”, concluiu.