Kinshasa – Cerca de 950 refugiadas da República Democrática do Congo em Angola foram violadas entre Janeiro e Novembro deste ano durante o processo de deportação, denunciou hoje em comunicado a secção belga da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF).

Fonte: Lusa
A Organização Não-governamental dá apoio às vítimas das violações nas zonas de Luamno e Kamoni, na província do Kasai-Ocidental, na zona oeste da RDCongo, onde a MSF auxilia refugiados congoleses deportados dos países vizinhos.

"Os militares angolanos cometem atos coletivos de violência sexual, segundo os testemunhos das vítimas", lê-se num comunicado da organização, que desde agosto de 2012 apoia as congolesas expulsas de Angola que são vítimas de violações.

Por outro lado, o Presidente da RDC enviou uma mensagem de agradecimento ao seu homólogo angolano, José Eduardo dos Santos, pelo apoio de Angola para o fim da guerra naquele país vizinho.

O embaixador congolês em Angola foi portador da missiva, que, acrescentou em declarações à imprensa no final da audiência, agradece igualmente a todo o povo angolano. "É uma mensagem de agradecimento porque, de facto, o Presidente José Eduardo dos Santos e também o povo angolano tiveram um papel muito importante nesse período difícil que nós passámos", disse Atoine Ghonda.