Lisboa - De acordo com o parecer de meios conhecedores do tema, o mau estar que se instalou no Serviço de Migração Estrangeiro surgiu no seguimento de desavenças internas que culminaram com acusações mútuas, entre funcionários sobre praticas de corrupção na instituição.

Fonte: Club-k.net

As acusações mútuas começaram há dois meses atrás quando o suspenso director nacional do SME, José Paulino Cunha da Silva pretendia afastar o então chefe de departamento da informática Tony Almeida, oriundo do SINFO e que exercia o cargo desde a época do antigo director Freitas Neto. Este apercebendo-se da intenção do seu superior hierárquico, antecipou-se e recorreu a inspeção geral do Ministério do Interior denunciado um suposto esquema de facilidades de emissão de vistos e cartões de residentes para cidadãos estrangeiros.

 

A denuncia de Tony Almeida implicava   os chefes dos Departamentos  Registos e arquivos (DDRA) e o  departamento  Estrangeiros de estarem a agir em conluio com o director nacional, num esquema de emissão de vistos em troca de valores “chorudos” mesmo não cumprindo os requisitos da lei.

 

Ao tomar conhecimento da denuncia, o ministro do interior, Ângelo de Barros  Tavares, suspendeu o director nacional (na altura estava de viagem) dando lugar a instauração de uma inspecção conduzida por António Lobo Nascimento, que trouxe a luz outras   irregularidades que acontecem naquela instituição estatal.  Foram  afastados os chefes de departamentos citados na denuncia.