Uíge – Supostamente por ordem do governador provincial (Paulo Pombolo), o director provincial da Educação do Uíge, Manuel Zangala, tem vindo a pronunciar publicamente que, a sua instituição irá expulsar todos os professores que têm dois empregos.

Fonte: Club-k.net
A medida tem vindo a causar, nos últimos tempos, uma onda de contestação no seio dos educadores que consideram ser uma "pura perseguição", uma vez que os seus salários não têm vindo compensar.

"Os professores nesta província não são tidos nem achados pelo governo", disse um professor de ensino primário ao Club K. "Nós temos passados com sérios problemas de salários, porque já se faz anos que o governo e direcção provincial de educação recusam actualizar a nossa remuneração, sem qualquer justificação", acrescentou a fonte.

Nestas condições de desactualização de salários, segundo um outro professor ouvido por este portal, encontram-se milhares de "homens de giz".

"Hoje na educação temos muitos técnicos superiores, sobretudo os que leccionam no ensino primário, que ainda auferem ordenados de técnico-médios”, revelou.

“Com as responsabilidades que temos – de acordo com a nossa fonte – somos obrigados arranjar mais um emprego no privado para atender os nossos encargos, e agora pretendem nos correr". "Isso é um claro abuso de poder", balbuciou irritadamente.

Devido as constantes desrespeito aos profissionais desta área, passou-se a registar – todos os anos – fugas de vários quadros para as outras províncias. "Uns até deixaram de dar aulas para se tornarem empreiteiros  de obras", explicou.

O Club K soube igualmente que, Manuel Zangala (antigo director geral adjunto para Assuntos Científicos do Instituto Superior de Ciência e Educação (ISCED) tem estado a preparar a "vassourada" juntamente com um subordinado seu (da área dos Recursos Humanos) de nome Canika.