Pretoria - Finalmente o julgamento sumário onde o réu foi director-geral adjunto da Rádio Despertar, Queirós Anastácio Luís Chilúvia, conheceu nesta sexta-feira, 07, em Luanda, o seu termino. O juiz Gamboa no Tribunal Municipal de Cacuaco sentenciou o jornalista a 180 dias de prisão, com pena suspensa por dois anos, por crimes de calúnia e difamação contra entidade pública e por exercício ilegal de profissão.

Fonte: CK/MK/VOA

O Club K soube a sentença (contra o jornalista) foi contraposta pelo seu causídico da Associação Mãos Livres, Africano Pedro Kangombe, que garantiu à imprensa, no local, a sua recorrência num prazo de dois dias úteis. 

Kangombe é da opinião que "a atitude da Polícia Nacional visou somente intimidar e impedir o jornalista". Enquanto que para o presidente do MISA-Angola (Instituto dos Mídia da África Austral), Alexandre Solombe, a condenação de Queirós Chilúvia é mais um ataque à liberdade de imprensa em Angola. 

De recordar que o jornalista da Rádio Despertar fora detido no último domingo, 02/02, no interior do Comando Municipal da Polícia Nacional, em Cacuaco, quando tentava obter uma reacção das autoridades policiais, sobre um episódio de espancamento de presos no local.

Antes da sentença final, o julgamento tinha sido adiado por duas vezes consecutivos, soube alegação (segundo o tribunal) de falta de matéria suficiente para sustentar a acusação da Polícia. Na altura, o juiz Gamboa devolveu o processo à Direcção Provincial de Investigação Criminal (DPIC).