Luanda - A Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) e a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) endereçaram, recentemente, mensagens de condolências a família do nacionalista Agostinho André Mendes de Carvalho, onde destacam, entre outros, a trajectória política, social e cultural do malogrado.

Fonte: CK/PA
“Foi com profunda dor e consternação que o Secretariado Executivo Nacional da CASA-CE tomou conhecimento do desaparecimento físico nacionalista, político e escritor Agostinho André Mendes de Carvalho”, lê-se na nota de condolências.

A coligação, dirigida por Abel Chivukuvuku,  indica que o exemplo de patriotismo na luta anti-colonial, a sua defesa intransigente dos valores culturais, o seu empenho na construção de uma sociedade justa, uma Angola unidade, faz de Agostinho Mendes de Carvalho um ilustre filho do país, cujo desaparecimento é uma perda irreparável.

“Nesta hora de dor e de luto, o Secretariado Executivo Nacional da CASA-CE, em nome da sua massa militante, inclina-se perante a sua memória e endereça a família enlutada, a direcção do MPLA e a União dos Escritores Angolanos, os seus profundos sentimentos de pesar”.

Já o secretariado do Bureau Político da FNLA diz que foi com incontida dor, que tomou conhecimento do passamento físico deste filho de Angola. “Com a sua inesperada morte, Angola perde um exímio nacionalista que desde muito cedo se bateu pela emancipação política do seu povo. Agostinho Mendes de Carvalho foi um homem de profunda elevação espiritual e humana e lançou, com o seu empenho, as sementes de um futuro melhor para o nosso povo”, precisa o partido.

Refere que nesta hora de dor e luto, o secretariado do Bureau Político inclina-se perante a sua memória e apresenta ao partido MPLA, à Assembleia Nacional e a família enlutada, os mais profundos sentimentos de pesar.

Os membros do Processo dos 50 e seus Descendentes expressaram também a sua profunda consternação e dor pelo falecimento de Agostinho André Mendes de Carvalho. “A Associação Processo dos 50, que ontem foram meia centena e, hoje, são cada vez menos, com a perda irreparável de mais este nacionalista, lutador incansável da liberdade do seu povo, verga-se perante a sua memória, que para sempre será perpetuada com saudade entre todos nós”, diz na sua mensagem de condolências.

Por outro lado, o Comité Politico do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe manifestou-se, numa enviada a redacção do Club-K, consternado “pelo passamento físico de duas personalidades e filhos de Angola, membros de longa data do Movimento Popular de Libertação de Angola, MPLA, nacionalistas e patriotas da luta contra a opressão colonialista portuguesa em África, a Jurista Maria do Carmo Medina, ocorrido a 10 de Fevereiro de 2014, em Lisboa/Portugal, vítima de doença e do escritor e político Agostinho André Mendes de Carvalho, ocorrido no dia 13 de Fevereiro de 2014, em Luanda/Angola, vítima também de doença”.
 
De acordo com a nota, trata-se de duas irreparáveis perdas, duas bibliotecas “que se foram” e que suas almas descansem em Paz, abençoados a terra lhes seja leve. “Nesta hora de grande dor, queremos transmitir às duas famílias enlutadas, aos membros do seu Partido e aos Estado Angolano, em nome do Povo Lunda Tchokwe, os sentimentos do nosso mais profundo pesar e sentida solidariedade”.

Por fim, o Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos mostrou-se igualmente consternado pelas mortes, primeiro, da jurista Maria do Carmo Medina, ocorrido a 10 de Fevereiro de 2014, em Lisboa/Portugal, vítima de doença. E de Agostinho André Mendes de Carvalho, ocorrido no dia 13 de Fevereiro de 2014, em Luanda/Angola, vítima de doença.

“A família, a sociedade e o Estado foram forçados a conhecer e registar um dano irreparável, lamentamos! Jamais serão esquecidos, por estarem devidamente registados, os altos feitos de Mendes de Carvalho, na literatura e na política, e de Maria do Carmo Medina, na advocacia, na magistratura e no ensino, que concorreram e concorrem sobremaneira para o estabelecimento da ordem jurídica angolana, realização da justiça, formação e informação do homem tendo em vista a sua afirmação e realização”, pode-se ler na nota assinada pelo vice-presidente daquela organização, Laurindo Paulo.
 
“Nesta hora de grande tristeza, quero transmitir à família enlutada, em nome do Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos, das 28 organizações membros do Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos e no meu próprio, os sentimentos do nosso mais profundo pesar e sentida solidariedade”, expressou.