Luanda – Publicou o Club-K uma notícia, segundo a qual, e passo a citar, “A DNIC deverá convocar, em breve, um suposto empresário de nome Sílvio Jaime que estaria a partilhar interesses económicos com Paulo Anderson Feijó, o jovem que se fazia passar por filho do Presidente da república, José Eduardo dos Santos. O suposto Sílvio Jaime (…) acreditava que Paulo Feijó era filho de José Eduardo dos Santos, chegando a oferecer-lhe uma viatura.” (O sublinhado é meu)

                      Direito de Resposta
Porque esta notícia é, na sua essência, redondamente falsa, venho solicitar, ao abrigo do direito de resposta, a publicação do presente desmentido, a que se deve dar o mesmo destaque dado à notícia que ora se rebate.

Assim, gostaria de esclarecer o seguinte:

1. De facto, a DNIC convocou-me, bem como um conjunto de outras pessoas com quem Paulo Anderson Feijó contactou, para prestar declarações. Tal aconteceu já há um mês, aproximadamente. Aqui reside a primeira imprecisão da notícia publicada pelo Club K.

2. Não tenho nenhum “interesse económico” comum ou partilhado com Paulo Anderson Feijó, uma vez que as empresas nas quais Paulo Anderson Feijó afirma ter interesses estão devidamente identificadas pela DNIC, bem como os seus respectivos accionistas ou sócios, não fazendo eu, Silvio Jaime, parte deste elenco. Por isso, neste aspecto particular, a notícia é absolutamente falsa, relevando de pura especulação.

3. É igualmente falso afirmar que eu teria oferecido uma viatura a Paulo Anderson Feijó. Na verdade, nunca ofereci nenhuma viatura a Paulo Anderson Feijó. De resto, a empresa que tomou a iniciativa de fazê-lo está devidamente identificada e todos os elementos comprovativos da transacção já estão na posse da DNIC. Esta é a segunda falsidade, e muito grave, da notícia publicada pelo Club K.

Embora não vá revelar o teor das minhas declarações, nem as de outros declarantes, à DNIC, por respeito ao Segredo de Justiça, posso, no entanto, garantir que, em nenhum momento, se mencionou a existência de qualquer oferta da minha parte a Paulo Anderson Feijó. Tal oferta, repito, nunca existiu, a não ser na fértil e doentia imaginação do articulista do Club K.

4. Não tendo havido nenhuma oferta da minha parte a Paulo Anderson Feijó, é descabido e absurdo querer discernir os motivos que me teriam levado a fazer uma oferta inexistente! Assim, falar de “simpatia” ou de “graxa”, como fundamento de uma oferta que nunca existiu, é puramente especulativo, gratuito e ofensivo. Trata-se de um jornalismo pouco sério e de péssimo gosto!

5. Seja-me permitido aconselhar o Club K a escolher com mais critério as suas fontes de informação e a exercer o chamado princípio do contraditório, como é mister quando queremos fazer um jornalismo sério, rigoroso e imparcial, antes de ofender de modo gratuito a honra e o bom nome das pessoas.

Luanda, 17 de Fevereiro de 2014

Atenciosamente,
Silvio Jaime