Focos da rejeição:

- No Sábado (29 Nov), num casamento da filha de um assessor do Ministro Kundy Paihama, General Mayunga, uma importante personalidade do regime comentou o assunto acreditando que JES não incorreria a este "erro".
- No mesmo dia (29 Nov), Jovens da JMPLA, sentados a uma mesa a 10 metro de Tchizé dos Santos, num casamento de um sobrinho do PR realizado no salão do futungo de belas, comentaram o assunto com um tone de discordância.
- A SG da OMA, Luzia Inglês, fez dias depois, um discurso fazendo apelo sobre a participação da população nas urnas nas eleições presidências por sufragio popular (Se Apoiasse, não insistiria em apelar as pessoas para voto directo)
- Um jurista João Damião, que representou o MPLA num debate sábado último na Radio Eclesia falou do assunto mas desdramatizou a hipótese da alteração das eleições neste sentido. Não lhe foi notado sinais de pregação a eleições
indirectas. Walter Filipe do MPLA que esteve no mesmo programa radiofónico evitou ser directo/frontal ao assunto.
- Marcolino Moco ex SG do MPLA, pensa que "Para mim, como jurista e cidadão, foi uma surpresa (e desagradável, diga-se) ouvir de Sa Exa o Presidente da República, na qualidade de Presidente do MPLA, falar de uma corrente nacional que advogaria um eventual cenário de eleição indirecta do Presidente da República."
- Filomeno Manaças, que é o DG adjunto do JA, escreveu um artigo de opinião sobre o discurso do PR sem dar importância ao ponto da votação indirecta. O próprio JA em si, não fez eco nem alimentou o assunto.(Caso os jornalistas d regime  apoiam-se, propagariam/bajulariam a argumentação do PR de forma serrada)
- O Jurista João Pinto que é geralmente chamado para comentar assuntos que o regime pretende vincar  não foi convocado desta vez. Nem ele nem outros os colegas.

De acordo com dados colhidos, os membros do MPLA alegam que não ha necessidade do "camarada presidente" ir por esta via, uma vez que "ganhamos bem nas legislativas" e o "nosso candidato poderá ganhar com mais de 81%".

ImageEm meios da oposição política, uma corrente da linha da FpD entende que a recusa do escrutínio das urnas, nas eleições presidências, revela que o MPLA esta com dificuldades em submeter o seu candidato ao crivo popular que equivaleria provar que obtiveram os 81% dos votos nas legislativas por meios dignos. Por razões obvias JES que é visto como protagonista da vitoria do MPLA não pode ganhar com menos percentagem que o partido.

Analises da dificuldade que o regime enfrenta

- Jes não pode ganhar com menos de 81%. Na campanha do Mpla, os militantes foram formatados mentalmente que a vitoria deveu-se a um concorrido comicio que JES fez no ultimo dia da campanha em Luanda. Ao ter menos votos que o partido, poria em causa, o seu protagonismo de persoador do voto do povo na campanha. Seria um indicador para medir que entre JES e o MPLA quem é mais aceite/popular. Por Razões obvias JES tem que ter uma percentagem superior ao MPLA para ter-se a impressão que ele goza de mais popularidade que o partido.

- Há dificuldades em se usar os mesmos métodos usados nas legislativas, uma vez que a oposição tomou nota dos métodos usados pelo CNE e pressiona/condiciona  transparência. Um relatório feito/apresentado pela UNITA afirma que “sem cadernos eleitorais, com membros das mesas substituídos por agentes secretos sob o controlo do Partido/Estado, com os boletins de voto sob controlo de agentes manipuladores estranhos à CNE, com mesas fantasmas escrutinadas, e sem fiscalização, o processo de votação, apuramento e demais actos eleitorais relativos às eleições de 5 de Setembro de 2008 padece dos seguintes vícios, irregularidades e indícios de fraude: 

a.) Não é possível concluir que todos os votos expressos sejam legítimos.
b.) Não foi dado destino legítimo aos boletins de voto que entraram em Angola e ficaram sob custódia da Valleysoft e da Casa Militar do Presidente da República.
c.) Houve boletins de voto não controlados pelo sistema da CNE e que, apesar de contabilizados como “não utilizados” terão sido, de facto, utilizados;
d.) Poderá ter havido boletins que foram utilizados mas não foram contados.
e.) O escrutínio foi efectuado com base em actas de mesas de voto fantasmas produzidas por agentes secretos e sem fiscalização, numa operação que terá sido controlada pelos serviços da Casa Militar do Presidente da República.
f.) Não se pode garantir que cada eleitor tenha votado uma só vez. O uso da tinta indelével sem os cadernos eleitorais é insuficiente para assegurar a unicidade do voto.
- Isaías Samakuva, figura principal a qual JES tem a obrigação de "esmagar" por razões históricas condiciona a sua participação com transparência no processo de realização de eleições. De contrário, não ira concorrer. Todos candidatos revelam nos seus pareceres concordância com este pensamento de Samavuka. Caso não haver transparência desejada JES concorrera sozinho (tese recentemente defendida por F V Lopes da FpD) ou com Quintino de Moreira da Nova Democracia ao que constituiria uma aberração.

Os membros/militantes do MPLA, denotam desconhecer estes  pormenores, razão pela qual invocam nos seus círculos que não vêem razão de JES  dar rodeios para ser votado pelos deputados. Ha porem uma corrente, pró realista que acredita que haverá eleições directas. interpretam o discurso de JES como parte de uma estratégia que  serve para medir a reacção do povo e ao mesmo tempo distrair os candidatos as presidências como recurso a um plano B ao exposto a cima. Em momento certo, os candidatos não terão tempo para reunir as assinaturas solicitadas por lei para poderem concorrer nas presidências podendo o regime deixa-los para trás, quando anunciar a data das eleições.

De acordo com a actual constituição JES esta impedido de alterar a constituição mudando o sistema de eleição para votação indirecta. "Acontece, porém, que, por ser também o Presidente da República, e por estar obrigado a «cumprir e a fazer cumprir a Lei Constitucional da República de Angola» (artigo 63.º/3 da LCA), o engenheiro José Eduardo dos Santos não deveria sequer apresentar a questão nos termos em que o fez" diz o especialista Fernando Macedo ao Semanario Angolense.

Fonte: Club-k.net