Luanda - A anunciada criação das brigadas comunitárias de vigilâncias tornada pública pelo presidente do MPLA preocupa as duas maiores formações políticas na oposição.

Fonte: VOA

ImageAlcides Sakala, deputado da UNITA disse já ter pedido ao Secretário-Geral do MPLA e deputado Dino Matross explicações sobre a criação das referidas brigadas mas não recebeu qualquer resposta.

“A filosofia de brigada se usou em países comunistas, Angola que caminha para a democracia já não há lógica.Nós colocamos essa preocupação no parlamento e não tivemos qualquer resposta”, reiterou Sakala.

Por seu lado, Lindo Bernardo Tito, deputado da CASA-CE, vai mais longe e afirma que as referidas brigadas têm como objectivo controlar os cidadãos nos seus bairros.

“Estamos a regressar ao comunismo em que se controlam nos bairros as actividades políticas e as acções dos moradores, isto é muito grave”, denunciou.

O MPLA tem uma posição contrária. O quarto presidente da bancada parlamentar do MPLA,João Pinto minimiza a situação e salienta que as brigadas visam apenas monitorar as activistas internas do MPLA e não actividades dos cidadãos.

“Isso não tem nada haver com o Estado, o discurso foi feito a nível do partido e é apenas para dentro do partido porque há dirigentes que violam as normas, há dirigentes que vendem terrenos e nada mais”, frisou o dirigente do partido governamental.

Por agora, desconhece-se oficialmente a missão das brigadas comunitárias de vigilância e o tema promete animar os debates no parlamento nos próximos tempos.