Luanda - A cidade de Luanda passará a ser monitorada, em breve, por câmaras de videovigilância, como forma de prevenir e diminuir as acções criminosas. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, na capital do país, pelo comandante-geral da Polícia Nacional, Ambrósio de Lemos.

Fonte: Angop

Segundo o Comissário-Geral, que falava em conferência de imprensa, no âmbito do 38º aniversário da corporação que se comemora sexta-feira, o projecto já foi aprovado e há valores monetários consignados para o efeito.

“O projecto não arrancou ainda por questões administrativas, mas dentro em breve arranca”, garantiu.

Afirmou que a polícia angolana já se encontra num estado de desenvolvimento e modernização, sendo que alargou os seus serviços à comunidade.

Para si, a concentração de um elevado número de pessoas em várias localidades fez a polícia estender os seus serviços para atender as necessidades da população em termos de segurança pública.

Em relação ao estado da criminalidade no país, o comandante-geral da PN considerou que os dados não são muito alarmantes. “A criminalidade em Angola não é assustadora”.

Contudo, disse haver situações que contribuem ainda para a elevação dos índices de criminalidade, mas que a polícia está atenta e é conhecedora de alguns métodos dos marginais, daí contrapor com as suas acções preventivas e repressivas.

A par disso, notou que a corporação está bastante preocupada com a sinistralidade rodoviária.

Neste sentido, frisou que as mortes por acidentes rodoviários superam de que maneira aquelas que são consequência das acções dos criminosos, daí uma atenção especial para o combate à sinistralidade rodoviária, de forma a poupar vidas humanas.

Disse que o valor da vida humana tem um cuidado muito especial por parte do Executivo.

Em relação aos crimes informáticos e financeiros, Ambrósio de Lemos disse ser um assunto que a Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC) e a Polícia Económica estão a tratar com muita atenção, em função dos vários casos que chegam ao conhecimento destes órgãos.

Para si, o crime informático já tem lugar em Angola, embora ainda de forma melindrosa, mas já é um facto que deve merecer atenção das autoridades policiais.

Disse terem sido já autuados alguns casos.

“Há até um pelo menos que nos surpreendeu, de certa forma, que tem a ver com a clonagem de cartões de créditos, sendo que o seu autor foi detido e apreendido os instrumentos de trabalho”.

O comandante-geral referiu-se ainda a outros casos relacionados com entradas em contas alheias em determinadas instituições bancárias, denunciados pelos próprios visados, e que a polícia tomou conta das situações.

Salientou que a população deve contribuir para a sua própria segurança, “porque a polícia é um instrumento do governo que trata da segurança das pessoas, mas as pessoas por si próprias cada um deve tratar da sua segurança (…)”.

“Se em conjunto podermos dar um bocado de nós para a vigilância nas nossas áreas de residência, estamos a contribuir para a segurança de todos”, salientou.

Anunciou, por outro lado, a criação de salas de cuidado às vítimas de violências nas esquadras policiais, salientando que o projecto em que farão parte sociólogos e psicólogos vai contar com a colaboração do Ministério da Família e da Promoção da Mulher.