Lisboa –   Está  a ser encarada com estranheza/surpresa,  em círculos restrito  do generalato   da UNITA, a iniciativa do Presidente José Eduardo dos Santos em promover a título Póstumo  dois oficiais oriundo daquele partido que foram emboscados e  mais tarde mortos  pelo  regime no seguimento da perseguição contra  Jonas Savimbi, em Fevereiro de 2002.

Fonte: Club-k.net

Tratam-se dos oficiais, Almeida Ezequias Chissende apelidado de  “Bufalu Bill” (promovido ao grau militar de General) e Bernardo José Prata (promovido ao grau militar de Brigadeiro). As promoções constam de um despacho (Ordem do Comandante-Em-Chefe n.º 1/14) assinado recentemente  por José Eduardo dos Santos nas vestes de  Comandante-Em-Chefe das Forças Armadas Angolanas (FAA).

 

A estranheza  que se verifica em sectores da UNITA com domínio do assunto prende-se “no porque apenas estes dois oficiais”, embora haja também suspeitas de que seja uma estratégia do regime  para se reconciliar com as famílias dos falecidos e evitar  futuras queixas  no tribunal internacional. (Doravante,  as famílias, nomeadamente os herdeiros e a esposa ficam habilitados a beneficiar de apoio das autoridades)

 

“Búfalo Bill” foi a data da sua morte o oficial da UNITA que dirigia uma unidade de inteligência ao qual procurava penetrar na Zâmbia levando uma coluna de civis provenientes do Huambo. Era conhecido como  um verdadeiro general de batalha.  Por seu turno,  o malogrado  Bernardo José Prata, natural do Lobito foi ao tempo da Jamba,   responsável da área de quadros da Presidência do “Galo Negro” e também treinador de um clube de futebol, “os estrelas vermelhas”,  integrados por efectivos da presidência da guerrilha.

 

Ambos foram raptados pelas FAA  em locais diferentes, poucos dias antes da morte de Jonas Savimbi.  Ezequiel Chissende “Búfalo Bill”,  foi apanhado precisamente no dia 17 daquele mês  tendo feito  ferido  e levado para o Hospital do Luena. No período de recuperação, ele teria se recusado a fornecer informações as autoridades angolanas acabando por aparecer morto  naquela mesma unidade hospitalar.  (Terá sido morto a  tiro)

 

Por seu lado, o brigadeiro Bernardo José Prata que se encontrava sob custódia do exercito angolano  foi levado para  uma consulta, no Hospital Militar de Luanda,  numa manha daquele mês de fevereiro, já que o mesmo era diabético.  Terão lhe aplicado uma injeção que continha dose exagerada de glucose que   terá sido fatal.