Lisboa -  A exoneração recente de dois dirigentes  do regime Cremildo Félix Paca (na foto), do cargo de  Secretário de Estado para Administração Local e Mateus Alves Morais de Brito, do cargo de vice-Governador da Província do Cuanza-Sul para o Sector Económico, produziu, em meios académicos em Luanda,   interpretações de que a mesma  coincidiu por serem ambos quadros que entraram para os respectivos cargos pelas mãos do antigo Ministro de Estado e  Chefe da Casa Civil da PR, Carlos Maria Feijó.

Fonte: Club-k.net

Semanas antes  do anuncio público  da   saída de Cremildo Paca,  o Ministro de tutela, Bornito de Sousa Baltazar Diogo,  chamou-lhe para notificar que seria dispensado do cargo que exerce. A ambos, era notado a ausência de “firmeza nas relações”, ao qual se associa como resultado do  antecedente menos bom, entre o antigo ministro do MAT, Virgílio Fontes Pereira e Carlos Feijó.  Cremildo Paca foi desde a dada altura visto como parte do antecedente que  culminou  com a saída de Fontes Pereira, do cargo ministerial.

 

Quando Bornito de Sousa chegou aquele ministério veio com alguma precaução que segundo as Dizem as mas línguas, só o  terá  tolerado por honra do então poderoso Carlos Feijó.

 

Cremildo Félix Paca, faz parte de uma nata de jovens da estima de Carlos Feijó que teriam sido recrutados a partir das lides académicas e  levados para a Cidade Alta, onde trabalhou como consultor do então Chefe da Casa Civil da PR.  Em Dezembro de 2010,  nomeado como Vice-Ministro da Administração do Território para a Reforma da Administração Local, ao qual coube o então  Ministro de Estado e Chefe da Casa Civil, Carlos Maria Feijó (por delegação de poderes)  a  conferir-lhe posse.

 

A sua desligação a Bornito de Sousa, este pertencente a ala partidária do regime, aconteceu num período em que estaria a firmar-se junto de uma corrente “futunguista”  regimentada por Aldemiro Vaz da Conceição.

Saída de Mateus de Brito no interesse de Manuel Vicente

Mateus Alves Morais de Brito que era até pouco tempo o vice-Governador da Província do Cuanza-Sul para o Sector Económico foi promovido para este cargo por força de um lóbi que se diz ter sido apadrinhado, na altura por   Carlos Maria Feijó.  Estava no cargo desde Fevereiro de 2009.

Embora as exonerações/nomeações dos vice-governadores sejam sob proposta dos titulares do poder executivo provincial, no caso do Cuanza- Sul foi diferente. A saída de Mateus Alves Morais não envolveu o governador Brito Teixeira porem esta a ser apresentada como  sendo do interesse do Vice- Presidente,  Manuel Domingos  Vicente, a pretexto de promover “limpeza” nas áreas sob seu controle.