As argumentações do MPLA, na voz de Dino Matross que esta autorizado a esvaziar/desviar o debate sobre “eleições indirecta” estão plasmadas numa entrevista  gravada e transmitidas esta manha por  um programa radiofónico  controlado pela segurança de Estado vulgo  "manha informativa"

O regime  sustenta, agora, que  houve reacção negativa na onda de debate que arrastou –se nas ultimas duas semanas.

Dino Matross, segundo interpretações competentes, da a entender que a  comissão constitucional necessita de tempo, “logo isto pode ser apenas em 2010”. Entretanto uma leitura feita, em torno da  posição que levantou admite que o MPLA possa vir a retardar   "propositadamente" o debate da comissão constitucional, de forma a arrastar as  eleições Presidências para o ano de  2010. O  Presidente José Eduardo dos Santos condicionou a sua realização a aprovação da nova lei constitucional. 

Dino Matross  revela também que o  MPLA vai realizar o congresso em Dezembro de 2009 confirmando que o líder do partido vai continuar a frente dos destinos daquela formação politica.

Prováveis cenários que justificam o retardamento das eleições:

- JES não pode ganhar com menos de 81%. Na campanha do Mpla, os militantes foram formatados mentalmente que a vitoria deveu-se a um concorrido comicio que JES fez no ultimo dia da campanha em Luanda. Ao ter menos votos que o partido, poria em causa, o seu protagonismo de persoador do voto do povo na campanha. Seria um indicador para medir que entre JES e o MPLA quem é mais aceite/popular. Por Razões obvias JES tem que ter uma percentagem superior ao MPLA para ter-se a impressão que ele goza de mais popularidade que o partido.

- Há dificuldades em se usar os mesmos métodos usados nas legislativas, uma vez que a oposição tomou nota dos métodos usados pelo CNE e pressiona/condiciona  transparência.

- Isaías Samakuva, figura principal a qual JES tem a obrigação de "esmagar" por razões históricas condiciona a sua participação com transparência no processo de realização de eleições. De contrário, não ira concorrer. Todos candidatos revelam nos seus pareceres concordância com este pensamento de Samavuka. Caso não haver transparência desejada JES concorrera sozinho (tese recentemente defendida por F V Lopes da FpD) ou com Quintino de Moreira da Nova Democracia ao que constituiria uma aberração.

De acordo com uma  analise do academico Nelson Pestana da FpD “Isto significa que dos Santos não quer se submeter a eleições presidenciais do estilo republicano, com apresentação de candidaturas e defesa dos seus argumentos perante os cidadãos. Ele prefere um processo distante que o salvaguarde dos incómodos de uma campanha na primeira pessoa.” .

Fonte: Club-k.net