Falando à propósito do 52º aniversário da fundação do seu partido, que hoje se assinala, Julião Mateus Paulo “Dino Matross” afirmou que não deve haver razões para alarido, sugerindo que o assunto deve merecer uma abordagem profunda da sociedade.

O dirigente do MPLA revelou que a proposta de eleição indirecta, pelo Parlamento, do Presidente da República, nem sequer pertence ao MPLA, mas a um outro partido (a Nova Democracia).

«Há muitas propostas que surgem e temos que analisar esta proposta vinda de um outro partido politico,que não o MPLA. O Presidente não levantou a questão por levantar como pensam algumas pessoas, há um partido que levou esta proposta ao Presidente da República e o Presidente levou isto em consideração para apresentar à sociedade, porque as pessoas têm de saber o que é que os outros partidos pretendem. Não podemos esperar que seja apenas o MPLA a apresentar propostas».

O dirigente do MPLA assegurou que embora o seu partido tenha uma maioria qualificada no Parlamento, vai respeitar as opiniões dos demais partidos com assento na Assembleia Nacional para a elaboração da futura Constituição.

«O MPLA, apesar de ter uma maioria qualificada no Parlamento, nunca pretenderá subverter as coisas. O próprio Presidente da República já disse que deve haver uma grande discussão para a elaboração da futura Constituição, deverá ser ouvida também a sociedade civil. A Constituição é a Lei mãe do país e o MPLA deve ouvir outras sensibilidades do país».

O secretário-geral do MPLA assegurou que Eduardo dos Santos será o candidato do seu partido às eleições presidenciais, anunciadas para 2009.

Numa reunião de cúpula do seu partido realizada há alguns anos, José Eduardo dos Santos chegou a afrma que não seria o candidatado do MPLA às próximas eleições presidenciais.

Fonte: VOA