No dia em que se celebram os 60 anos da declaração dos direitos do homem apontam como prova a falta de abertura e a tentativa de silenciar a actividade de organizações da sociedade civil dedicadas à causa.

O activista Tunga Alberto, do Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos defende um debate nacional, para se encontrarem soluções tão rápido quanto possível.

Lúcia silveira, da Associação Justiça, Paz e Democracia converge na ideia, sublinhando que Angola deveria dar o primeiro exemplo, na protecção dos direitos humanos a nível da região africana, pelo facto de fazer parte do conselho das Nações Unidas.

O 60º aniversário da proclamação da declaração universal dos direitos humanos foi assinalado em todo mundo. Em Angola, a cerimónia oficial aconteceu na Assembleia Nacional, assistida por deputados, membros do Governo, entidades eclesiásticas e representantes do corpo diplomático e da sociedade civil.
 
A sessão, presidida pelo líder parlamentar angolano, Fernando da Piedade Dias dos Santos, marcou o encerramento do ciclo de actividades programadas em torno da celebração da efeméride, iniciado segunda-feira, sob a égide da comissão de direitos humanos, petições, reclamações e sugestões dos cidadãos da AN.
 
As “Políticas públicas para uma cultura dos direitos humanos”, “Educação e cidadania: bases para uma cultura de defesa dos direitos humanos e o acesso dos cidadãos à justiça foram os temas debatidos durante o ciclo de palestras.
 
A declaração universal dos direitos humanos foi adoptada e proclamada pela resolução III, da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 10 de Dezembro de 1948, com o propósito de promover a dignidade da vida humana.

"A diferença entre o que diz a Declaração Universal e o que é aplicado na prática é gritante", afirmou Mary Robinson, ex-Presidente da Irlanda.

Cerca de 4 bilhões de pessoas no mundo, dois terços do planeta, não tem acesso à Justiça, alertou Robinson, precisando que a falta de acesso não ocorre apenas por carência de recursos para pagar um advogado, mas pela corrupção, lentidão e até restrições políticas que impedem indivíduos de serem julgados de forma transparente e justa.


Fonte: Apostolado