Luanda - Angola registou de Janeiro a Fevereiro deste ano 2843 acidentes rodoviários, que causaram 2666 feridos e 681 mortos, números que levam a polícia a concluir que a situação "está a caminhar mal".

Fonte: Lusa
"Estamos a caminhar mal, os números já estão elevados e o nosso objetivo é que cada ano devemos reduzir" os números, disse à imprensa o segundo comandante da Polícia Nacional, comissário-chefe Paulo de Almeida.

O oficial falava à margem da abertura, quinta-feira, da feira sobre a sinistralidade rodoviária, que durante três dias estará patente ao público na Baía de Luanda, para sensibilização da população.

Segundo Paulo de Almeida, a ação da polícia na luta para a diminuição dos números está virada sobretudo para a educação da sociedade, no que diz respeito aos cuidados a ter no trânsito rodoviário. O rigor na fiscalização é também outra medida que a polícia vai intensificar, disse o segundo comandante da Polícia Nacional, destacando igualmente a melhoria das estradas do país.

Em dezembro de 2013, o comandante geral da Polícia Nacional, Ambrósio de Lemos, disse no balanço das atividades da polícia, que a sinistralidade rodoviária "continua a ser uma preocupação para Angola". O comandante frisou que a sinistralidade rodoviária deveria merecer este ano toda a atenção das autoridades angolanas.

Em Angola, os acidentes rodoviários são a segunda causa de morte, depois da malária. No ano passado, 17262 pessoas morreram em Angola na sequência de acidentes rodoviários, segundo dados estatísticos da Direção Nacional de Viação e Trânsito (DNVT).

Os dados avançados pelo diretor da DNVT, Inocêncio de Brito, por altura da apresentação do tema "Caracterização da Sinistralidade Rodoviária em Angola", no âmbito da primeira Conferência Nacional sobre a Prevenção Rodoviária, realizada em janeiro deste ano, refere que a média diária de acidentes em 2013 foi de 47 acidentes.

O excesso de velocidade, a não cedência de passagem e a má travessia dos peões lideram as causas dos acidentes em Angola.