"Ele é o nosso candidato natural"

José Eduardo dos Santos, de 66 anos, está na chefia do país que é um dos maiores produtores de petróleo do mundo desde 1979.

É esperado que vença as eleições presidenciais de 2009, depois de o seu partido ter vencido as legislativas de Setembro, conquistando 81,6 por cento da votação popular.

“Ele é o nosso candidato natural, não deverá haver dúvidas em relação a isso”, indicou à Reuters Julião Paulo, o secretário-geral do Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA), que até ao momento ainda não tinha confirmado a candidatura de Eduardo dos Santos. “Será ele, é natural”, disse finalmente Julião Paulo, quando questionado se Eduardo dos Santos seria o candidato.

O próprio Presidente ainda não confirmou, porém, a sua recandidatura.

As eleições presidenciais ocorrerão apenas depois de o Parlamento votar uma nova Constituição, que irá estabelecer se os futuros presidentes serão escolhidos pelo Parlamento ou pelo povo, como acontece actualmente.

Um pequeno partido angolano estimou que o Presidente deveria ser eleito pelo Parlamento, criando algum alarmismo entre os outros partidos da oposição, que temem que isso garanta uma vitória segura a Eduardo dos Santos, uma vez que o seu partido controla dois terços da Assembleia.

“Acreditamos que o Presidente tem que ser eleito pelo povo”, disse Alcides Sakala, um porta-voz do maior partido da oposição, a UNITA. “Se a nova Constituição deliberar que o Presidente deve ser eleito pelo Parlamento, então Eduardo dos Santos já é o vencedor”, acrescentou.

As últimas eleições presidenciais em Angola, em 1992, foram abortadas por Jonas Savimbi, o antigo líder da UNITA, ter rejeitado ir à segunda volta com Eduardo dos Santos, depois de ter obtido menos votos na primeira volta eleitoral, e de ter voltado a pegar em armas para combater o governo. A guerra civil só terminou em 2002.

Desde então, Angola emergiu como uma das economias mais dinâmicas do mundo, graças às suas fontes petrolíferas e aos empréstimos milionários da China e da Europa.

Fonte: apostolado