A afirmação segundo a Angop foi feita pelo ex-comandante das extintas forças de libertação de Angola (fala) no Zaire, João Sebastião Matondo, no acto da entrega de cartões de membros aos novos militantes do MPLA, no âmbito das celebrações do 52º aniversário da fundação do partido, assinalado a 10 de Dezembro.

"Para nós este dia é indispensável para as nossas vidas como seres humanos em função da nossa apresentação como novos militantes do MPLA", reconheceu, acrescentando que são acusados pela direcção da UNITA de serem os criadores da possibilidade daquela formação política de transformar-se num partido sem capacidade para promover a alternância do poder.

Disse acreditar que não são os primeiros nem os últimos a abandonar as fileiras da UNITA, por tratar-se de uma sangria de quadros que dia após dia se afastam dessa formação política por falta da coesão no seio da direcção do partido dirigido por Isaías Samakuva.

Segundo disse, o regionalismo, tribalismo, a falta de sentido de oportunidade para a conquista de pequenas vitórias fez com que abandonassem as fileiras da Unita e o seu subsequente ingresso no MPLA, o partido vencedor das legislativas de Setembro último.

Entre os factores de desânimo e que concorrem na demarcação de muitos quadros do seio da UNITA, João Matondo mencionou a incapacidade de liderança em congregar as diferentes franjas em prol do objectivo comum, o partido planifica e age com base em informações não verdadeiras bem como a inexistência de uma base de dados relativa ao registo de membros do partido.

Mais de uma dezena de ex-membros da UNITA no Zaire receberam este sábado, no Nzeto, os seus respectivos cartões de militantes do MPLA, num acto presidido pelo primeiro secretário do partido, Pedro Sebastião.

Fonte: Angop