Funcionário do Gamek, há quatro anos que Gaspar vivia na África do Sul por motivos de doença prolongada; esses males que, às vezes, só nos resta aprender a conviver com as mesmas. É nesse tempo que Gaspar Neto faz amizades e tenta levar uma vida normal como angolano radicado temporalmente na África do Sul. Na verdade é a condição de muitos de nós na diáspora: a guerra, as doenças e a esperança em querer levar uma vida melhor longe do país que por motivos conhecido tem negado aos seus próprios filhos as oportunidades que a vida moderna e contemporânea oferecem em outras latitudes.

Como militante do MPLA e nesse desenrolar de tempo aproveita estudar, fazer cursos e até mesmo ir atrás de um novo emprego. E continua exercendo a sua militância e é nesse emaranhado de relações, que segundo as suspeitas, lida com os vícios da intriga, luta contra todos eles. Resumindo, acreditasse que Gaspar foi vítima de uma luta de vaidades, já que o mesmo pretendia ou estava prestes para conseguir um emprego na Embaixada de Angola em Pretória.

É nesse enredo de busca de oportunidades que cresce um certo conflito entre Gaspar Neto e a comunidade de funcionários de Angolanos na Embaixada Angolana em Pretória. Diz-se que Gaspar Neto era parente do Embaixador Angolano em Pretória. Amigos de Gaspar Neto concordam que Gaspar Neto, mesmo sendo parente do Embaixador, suposta facilidade para conseguir o Emprego, era um político competente e um profissional respeitável. Ou seja, o merecimento se justificava.

Assim, acredita-se o mesmo ser vítima desse suposto conflito para se alcançar um patamar melhor na sua situação e condição econômica e social no país em que se encontrava. Os suspeitos ou até acusados do desaparecimento misterioso do Gaspar não foram revelados nem formalizados pelas as autoridades Sul Africanas. Esperamos que isso possa ser feito com êxito e rapidez. O que, sim, existe é uma divergência entre os familiares e as autoridades Diplomáticas Angolanas de como os fatos e entre eles o Relatório da polícia Sul Africana deve ser elaborado e a quem deve ser entregue.

A solução sobre essa divergência deve ser vista usando-se normas legais da legislação Sul Africana. À família, além da nossa solidariedade a dar, temos como ponto de vista de que deveria contratar um Advogado competente e especializado nesse tipo de conflito. Primeiro, para dirimir dúvidas e esclarecer fatos. Segundo, para acionar o Ministério Público Sul Africano e exigir do mesmo que se faça justiça. Terceiro, chegar a conclusão até onde vão os direitos e deveres das duas partes: familiares e o Estado Angolano representado pela Embaixada em Pretória.

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Nelo de Carvalho,WWW.a-patria.net,
Fonte: www.blog.comunidades.net/nelo