Lisboa -  Instalou-se na Procuradoria Geral da República um alegado clima de mal-entendidos, no qual o titular do cargo, João Maria Moreira de Sousa e o seu adjunto, Assunção Pedro da Mota Liz, são apresentados como as partes desavindas.

Fonte: Club-k.net

Ambas as partes terminariam em reparos mútuos

A desinteligência entre ambos,  resultou  da intercessão  de uma conversa telefónica que Mota Liz terá mantido com um outro colega.  Em forma de desabafo, Mota Liz terá lamentado na conversa a cerca do quadro desprestigiante em que a Procuradoria da República, estaria submersa, agravados por notícias “menos boas” publicadas na imprensa.  

No pensamento identificado no desabafo de  Mota Liz era de que a PGR teria mesmo perdido credibilidade, em parte, por culpa de certas conotações, em que a imprensa apresenta o procurador João Maria de Sousa, como visado. 

O PGR João Maria de Sousa teve acesso ao conteúdo gravado da conversa telefónica do Procurador Geral-Adjunto da República, Mota Liz, tendo, entretanto, decidido interpelar-lhe. (Não esta claro se terá sido o interlocutor de Mota Liz a gravar a conversa para entregar ao PGR, ou se a mesma  foi gravada por outros meios).

Maria de Sousa convocou dias depois uma reunião, com os procuradores adjuntos, e na presença de Mota Liz solicitou esclarecimento quanto ao conteúdo dos seus desabafos. Por outro lado, Mota Liz retorquiu esclarecendo que era aquela a sua posição e que não retiraria “nada do que disse”. 

Ambas as partes terminariam em reparos mútuos. João Maria de Sousa teria, entretendo, dado sinais de suspender Mota Liz pela afronta, mas aquele terá lhe alertado pela ausência de competências, uma vez que é apenas o Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público (CSMMP) que tem poderes para suspender/disciplinar  magistrados (Procuradores).

Porém, no sentido de retaliar o seu adjunto, o PGR retirou algumas tarefas naquele colocando-o apenas numa área de menor visibilidade ligada a estatística, razão pela qual Mota Liz nunca mais foi visto a intervir publicamente ou a ser despachado a fiscalizar as acções da PGR nas províncias como fazia anteriormente.