Em declarações à Agência Lusa, o porta-voz do maior partido da oposição angolana, Adalberto da Costa Júnior, afirmou que o governo angolano deve assumir a normalidade no seu funcionamento institucional e não ficar refém das decisões de apenas um órgão de soberania (Presidente da República).

“A Assembléia Nacional não sabe nada acerca desta visita e isto não é normal. Temos de encontrar outras formas de funcionar, ultrapassando o medo”, disse.

“Oficialmente, não temos conhecimento das razões estratégicas que estão na base desta visita, embora seja importante que os países se inter-relacionem, mas o povo tem que saber com que linhas se cose o seu futuro e neste momento está no escuro”, declarou o porta-voz da UNITA.

Para o maior partido da oposição, a China tem sido vista como o país que está empenhado na construção de Angola, mas a presença “elevadíssima” de cidadãos chineses no país requer um debate, uma vez que se perspectiva o seu aumento em centenas de milhares de pessoas

O presidente angolano iniciou na segunda-feira uma visita oficial de quatro dias à China, tendo em vista o reforço da cooperação bilateral com o gigante asiático e principal parceiro econômico de Angola.

Fonte: Lusa