Lisboa – Luís Fernando, notável jornalista do regime ao qual lhe são verificadas disponibilidades para gerir o Grupo Media Nova, de onde é administrador-executivo, não foi levado em consideração para substituir o seu colega Filipe Coreia de Sá, do cargo de Presidente do Conselho de Administração daquela empresa.
Fonte: Club-k.net
A Media Nova (detentora dos jornais O País, Semanário Ecónomico, revistas Exame e Chocolate, Tv Zimbo e gráfica Damer gráfica) é um grupo empresarial privado ligado a elementos próximos ao circulo do Presidente José Eduardo dos Santos. Dentre os acionistas da Media Nova, o general Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino” é quem acompanha de perto a actividade da empresa.
Em Abril do corrente ano, a margem de uma reunião com o acionista general Dino, o jornalista Luís Fernando terá se insinuado, junto deste transmitindo que mais coisas não avançavam por causa do actual PCA, Filipe Correia de Sá, com quem incompatibilizou-se.
Em conformidade com a reunião na qual estava prevista a alteração do Conselho de Administração, o acionista do grupo decidiu manter Filipe Correia de Sá como PCA da Media Nova e Luís Fernando como administrador-executivo.
A disponibilidade identificada em Luís Fernando para gerir a Media Nova é agregada aos projectos que os acionistas tem para com aquele grupo empresarial, com realce a transformação do jornal "O País" em diário.
Luís Fernando encontra-se, presentemente, com os seus poderes limitados. Como administrador-executivo controla apenas a área de marketing, publicidade e distribuição dos jornais e revistas, ficando por outro lado impedido de mexer na área editorial, recursos humanos e fundos.
A protelação do general Dino em não o ter em consideração, como PCA do grupo, é vista por observadores como tendo sido julgada em função do seu passado como gestor do Jornal de Angola, onde o grupo do actual DG José Ribeiro o acusa de praticas menos boas para proveito próprio.
Foi também no seu consulado como gestor do único diário angolano que se introduziu colunistas fantasmas, que enveredavam pelo jornalismo de insultos e ataques pessoais, contra opositores ao regime que o seu sucessor José Ribeiro sofisticou.