Luanda - Angola é no quadro de países africanos e do mundo o país em que a participação dos salários no rendimento nacional é mais baixa, havendo anos em que esta é inferior a 20 porcento, considerou nesta quinta-feira, em Luanda, o economista Alves da Rocha.

Fonte: Angop
Musseques de luanda.jpg - 25.94 KBAo  intervir na conferência de lançamento do Relatório Económico 2013, o economista referiu que o nível de salários não ajuda a atingir o objectivo de melhorar a distribuição dos rendimentos e das condições de vida dos cidadãos.
 
Vinte porcento de acesso ao Produto Interno Bruto (PIB) por parte dos trabalhadores não confere ao processo de diversificação da economia nacional fundamentos porque não se pode diversificar a economia se não houver consumo, e para haver consumo tem que haver poder de compra, sustentou o economista.
 
Alves da Rocha referiu que o desafio de melhorar a participação dos salários no rendimento nacional é enorme, sem o qual não se melhora as condições de vida dos angolanos, nem tão pouco se criam fundamentos sustentáveis no processo de diversificação da economia.

“Tem havido uma evolução significativa, mas o nível salarial médio nacional em 2012 era de 37 mil kwanzas e fazer a diversificação da economia baseada  num poder de compra médio de 360 dólares é muito pouco” , argumentou  o economista.  “Com estes salários não se melhoram significativamente os níveis de vida da população”, afirmou.

A este respeito, o relatório refere que as remunerações  do trabalho são a  mais importante componente do processo de criação de rendimento de uma economia e deveriam representar uma proporção  significativa do  PIB  para que a distribuição  dos frutos do crescimento se faça de uma forma mais justa e equitativa.