Benguela - A Igreja Adventista do Sétimo Dia central de Benguela tentou apropriar-se de um jardim infantil público, situada na parte traseira do seu edifício, no município de Benguela, alegadamente por ser sua propriedade.

Fonte: Club-k.net

O episódio iniciou quando membros daquela denominação religiosa começaram por colocar material de construção e a erguer paredes no local.  A sociedade civil benguelense opôs-se e foram chamados à mesa de discussão com a administração municipal, e concluiu que é um espaço público.

A Igreja na voz do seu pastor Amadeu Kassoma reconheceu que o documento apresentado era falso e que houve um lapso. “houve um lapso, o documento que temos não diz que àquela parte nos pertence”, admitiu o religioso.

A sociedade civil benguelense apresentou documentos de 1962 que atestam que o jardim é público e aconselhou à igreja a legalizar o terreno onde se encontra o templo, por ter sido doado por um cidadão português.

Por outro lado, o administrador municipal Leopoldo Muhungo “Leo”  reconheceu o erro por ter inicialmente passado uma licença de construção com base na documentação apresentada pela igreja.

“Agradecemos o grande exercício de cidadania que foi aqui demonstrada e conseguimos também reaver alguns documentos que se encontram fora da nossa administração”, disse o responsável do governo.

De lembrar que em 2012 a própria administração municipal solicitou à Conservatória do Registo Predial de Benguela, a titularidade do espaço, tendo esta respondido que era público e nada constava com sendo da Igreja. Porém, estranhamente foi cedida a licença de construção a favor daquela denominação.