Apesar de todo mundo saber que o estado da Nação não é dos melhores, o sucessor de Joaquim Chissano afirmou (alto e bom som) que "o estado da Nação é bom (sic!)". É bom e ponto final!
A afirmação de Armando Guebuza açoita sem dó nem piedade o orgulho de quem ama Moçambique e sente na alma a moçambicanidade.
A declaração de Armando Guebuza constitui uma afronta à inteligência dos moçambicanos que sentem no corpo e na alma os problemas em que a Nação se encontra mergulhada desde Fevereiro de 2005.
Então Armando Guebuza (ainda) não deu conta que, desde Fevereiro de 2005, o crime organizado tem posto à prova a autoridade do Estado?
Então Armando Guebuza (ainda) não deu conta que, desde Fevereiro de 2005, a segurança e tranquilidade públicas dos moçambicanos têm estado em causa?
Então Armando Guebuza (ainda) não sabe que, desde Fevereiro de 2005, (alguns, mas quase todos) agentes da PRM andam mancomunados com malfeirores?
Então Armando Guebuza (ainda) não sabe que, desde Fevereiro de 2005, há um descontentamento, embora silente, no seio da Função Pública, das Forças Armadas e da própria PRM?
Bem, apesar de Alguém ter aberto as portas das celas para Anibalzinho dar às de vila-digo e de altas patentes da policia serem mortos feito vira-latas, o estado da Nação é bom e ponto final paragrafo.
Contudo, é preciso dizer que a qualificação de Armando Guebuza não teve Moçambique como alvo mas sim a nação do Palácio da Ponta Vermelha onde (quase) todos têm três refeições por dia e não expostos à criminalidade que anda sem bilhete de identidade pelas ruas, becos e vielas deste País.
* Jorge Eurico
Fonte: NL