Lisboa -  Personalidades  que se dedicam na pesquisa sobre a  transparência e a ética de governação em Angola, notam que figuras do regime  terão aperfeiçoado as praticas de nepotismo, num formato mais discreto,  dando lugar ao que agora  tratam por  “trocas de favores”, ou  o nepotismo cruzado como tratam os brasileiros. 

Fonte: Club-k.net

Em violação a lei da probidade pública

A “troca de favores” ou nepotismo cruzado que se esta a verificar no regime angolano  é,  quando o Ministro A nomeia, no seu pelouro, o  filho ou parente do Ministro B, e este por sua vez procede da mesma forma promovendo ou nomeando os familiares do Ministro A que trabalham consigo.

Um caso recente aconteceu no primeiro semestre do corrente ano. Isto é,    o PCA  da Comissão de Mercados e Capitais (CMC), Archer Augusto Mangueira (na foto) propôs ao Presidente de República, a nomeação de  António Gomes Furtado, para o cargo de Presidente do Conselho de Administração da Bolsa da Dívida e Valores de Angola (BODIVA).  Como moeda de troca, Gomes Furtado,  tem o  filho de Archer Mangueira, Rui Elvídio Gonçalves de Oliveira, de 26 anos e recém regressado de Londres,  como administrador executivo   da BODIVA. 

A BODIVA é uma entidade gestora que tem a responsabilidade de assegurar a transparência, eficiência e segurança das transacções nos mercados regulamentados, estimulando a participação de pequenos investidores e a concorrência entre todos os operadores.

Há poucos anos atrás, as autoridades angolanas aprovaram a lei da probidade pública, como instrumento de  luta pela ética, moral e justiça na partilha da coisa pública. Apesar de não ser devidamente aplicada, esta  lei é usada para o combate à corrupção, aos conflitos de interesses, nepotismo e outros males que atingem o bem público.