Luanda - O Executivo angolano assinou hoje um memorando de entendimento com o banco norte-americano Eximbank prevendo a disponibilização de uma linha de crédito de mil milhões de dólares para investimentos dos Estados Unidos em Angola.

Fonte: Lusa

O memorando foi rubricado com a administração do banco norte-americano especializado na área das importações e exportações do país, no âmbito da cimeira entre os Estados Unidos e mais de 50 líderes africanos que está a decorrer desde segunda-feira em Washington. "Especificamente [o memorando de entendimento que engloba este acordo] para a aquisição de locomotivas, para a aquisição de turbinas, uma vez que Angola está neste momento a produzir gás natural e poderemos montar as estações de ciclo-combinado, que funcionem com gás e com vapor, e os Estados Unidos dispõem de tecnologia aprimorada neste sentido", disse o ministro das Finanças, Armando Manuel, citado pela imprensa angolana.

A 2 de Junho, de visita a Angola, o presidente do Eximbank, Fred Hochderg, confirmou investimentos de mil milhões de dólares (733,2 milhões de euros) no transporte ferroviário (segunda fase da reabilitação e modernização dos caminhos de ferro angolanos) e no setor elétrico angolano, envolvendo também a General Electric. O anúncio foi feito no final de uma audiência concedida pelo Presidente angolano José Eduardo dos Santos, em que foi abordado o financiamento para a aquisição de locomotivas e equipamentos de geração elétrica por Angola.

Fred Hochderg recordou na altura que também já está aprovado um financiamento para a aquisição de dois aparelhos do tipo Boeing 777, que deverão chegar ao país nos próximos dois anos. "Trata-se verdadeiramente de dois projetos que vão marcar o nosso primeiro passo de trabalho com a República de Angola", frisou. Agora, explicou, estão em causa projetos no domínio da energia (650 milhões de dólares) e dos transportes, neste caso com a aquisição de locomotivas (350 milhões de dólares), envolvendo a também norte-americana General Electric. "Isto visa o reforço da industrialização do país", sustentou Fred Hochderg, defendendo que a aposta no investimento em Angola visa também a criação de mais empregos, bem como tornar "economicamente mais forte o país".