Luanda - A criminalidade é um problema social, político e econômico que tem se agravado nos últimos dias em Angola e Particularmente em Luanda, e que afeta a vida dos seus citadinos por impor fortes restrições econômicas e sociais, bem como uma generalizada sensação de medo e insegurança.

Fonte: Manchete

Os custos da criminalidade para a sociedade são significativamente altos. Basta ver as empresas de Segurança privada espalhadas pelos Bancos, Residências, Centros Comerciais etc. Prejuízos materiais, gastos públicos e privados na sua prevenção e combate são apenas alguns dos elementos que compõem os custos da criminalidade para a sociedade. Há outros, não menos importantes, como a redução na qualidade de vida, a redução na actividade turística e a perda de atratividade de novos investimentos. Além disso, pesquisas indicam que a criminalidade implica diminuição nas relações pessoais e alteração nos hábitos quotidianos da população, e certamente, reduzem o bem-estar social.

Os Economistas Angolanos, não se podem restringir apenas ao estudo de questões de ordem macroeconômica, como juros, câmbio e inflação. Mas, é precisso que se preocupem também com questões sobre desenvolvimento do país ou seja, com a melhor alocação dos recursos que, por natureza, são limitados.

Não restam dúvidas que a inflação foi controlada, porém, as condições de vida da população, no geral, podem ser consideradas ainda precárias. Há grandes problemas sociais a serem resolvidos, como por exemplo, nas áreas de saúde, educação, segurança social e segurança pública.

É indiscutível, que as condições econômicas afetam a criminalidade, o que conduz a Economia e os economistas a serem afetos a esta questão. Tanto é que, esta área da Economia, conhecida por Economia Social, tem crescido

rapidamente em todo o mundo.

Importa realçar que, existem diversas teorias que tentam explicar o comportamento criminoso. Entre elas, a teoria econômica da escolha racional de Becker, a qual propõe que o crime seja visto como uma atividade econômica, apesar de ilegal. A estrutura deste modelo é baseada na hipótese da racionalidade do potencial ofensor, em que se pressupõe que, agindo racionalmente, um indivíduo cometerá um crime se e somente se a utilidade esperada por ele exceder a utilidade que ele teria na alocação de seu tempo e demais recursos em atividades que sejam lícitas. Assim, alguns indivíduos tornam-se criminosos, não porque suas motivações básicas são diferentes das de outros indivíduos, mas porque seus custos e benefícios diferem.

Uma das estratégias para a prevenção e redução da criminalidade, é o Mercado de Trabalho.

Apesar da carência de dados criminais disponíveis que possam ser utilizados para estudar a criminalidade, a teoria econômica pode ser extremamente útil para a investigação das causas da criminalidade.

Por último, as políticas públicas devem ser implantadas para que o indivíduo marginalizado possa, através destas, seguir outro caminho que não a criminalidade, ou seja, a oferta de novas propostas de vida, através das políticas públicas.