Luanda – Na sequencia da onda de censura/manipulação a que são alvos por parte da comunicação social estatal, o Presidente da UNITA, Isaías Samakuva manifesta internamente ver reabilitado o Jornal “Terra Angolana”, afecto ao seu partido, no sentido de torna-lo numa publicação mais abrangente iniciando com a sua “despartidarização”.
Fonte: Club-k.net
Ana Margoso é a nova directora
Para o efeito, aquele dirigente político formulou recentemente convite a uma jornalista nacional, Ana Margoso, para se tornar directora-geral daquela publicação. Margoso, que é formada em relações internacionais, é uma influente jornalista e com passagem em vários órgãos de comunicação social em Luanda. Goza do respeito do líder da UNITA, e este por sua vez, acredita que ela seja a pessoa que pode ajudar a “refundar” aquela publicação distanciando-a do cunho partidário.
A par do Jornal de Angola (fundado desde a época colonial), o “Terra Angolana” pode ser considerado como a segunda publicação mais antiga e em circulação em território nacional.
De acordo com dados históricos, o Jornal “Terra angolana”, foi fundado pela UNITA em 1979, a partir de um campo para treino militar, conhecido por “base do Delta”, no interior da Namíbia onde também ensaiavam emissões de rádio. Os seus pioneiros foram Fernando Wilson dos Santos (já falecido) e Franco Meneses Marcolino Nhany, o actual Secretario da organização da UNITA. Mais tarde, a publicação passaria a ser publicada a partir de Lisboa mas com reportagens colhidas ou despachadas a partir da jamba, antigo quartel general do “Galo Negro”.
No período que sucedeu aos acordos de paz de bicesse, que resultou no regresso da UNITA, as cidades, o “Terra Angolana”, passou a ser distribuído em Luanda, mas mantendo a sua feitura a partir da capital portuguesa. O seu director geral, era a época, o malogrado Norberto de Castro, ex- quadro sénior da representação da UNITA em Portugal, que mais tarde aderiu ao regime sendo enquadramento como director de comunicação e imagem da Sonangol.
Nos últimos anos o “Terra Angolana” passou a ser editado a partir de Viana, tendo reduzido/perdido a sua aceitação devido a carga partidária que se confundia a um “boletim partidário”. É por esta razão que o líder da UNITA, tenciona dar outra dimensão a publicação que se traduz em despartidarização e pondo-o ao serviço da sociedade como um semanário normal.