Lisboa – A recente exoneração de Manuel Francisco da Silva Clemente Júnior (na foto), do cargo de Secretário de Estado do Urbanismo, está a ser interpretada em círculos da elite do regime, como sendo consequência de um processo de divórcio que estaria a ter com uma sobrinha de JES, Celmira Bento dos Santos Sousa Clemente, com quem está casado.
Fonte: Club-k.net
Estava casado com uma sobrinha do PR
Manuel Francisco da Silva Clemente Júnior, que é tratado pelos que lhe são próximos por “Nijó” , ascendeu ao poder, como Vice-Ministro (agora chama-se Secretário de Estado) do Urbanismo e Construção para o Ordenamento do Território, por conta de um pedido dos familiares da esposa que visou precipitar a sua projeção profissional. Estava antes colocado no Gabinete de Obras Especiais (GOE), uma estrutura na altura sob comando do general Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”.
Nos últimos dois anos, a sua relação com a sobrinha do PR, teria se fragilizado dando sequencia a uma irreversível separação levando-o a assumir uma segunda família. Desde então, surgiram rumores segundo as quais os familiares da esposa entendiam que, tendo em conta a “ingratidão”, ele, Manuel Clemente Júnior já não era merecedor de qualquer ascensão política no regime.
Já no ministério do Urbanismo, a versão sobre a sua saída é totalmente diferente. Argumenta-se que o Secretário de Estado, Manuel Clemente Júnior teria se incompatibilizado com o ministro, José António Maria da Conceição e Silva.
O titular do cargo teria lhe dado, competências para coordenar e acompanhar a actividade executiva dos serviços da Direcção Nacional do Ordenamento do Território e Urbanismo, Direcção Nacional de Infra-estruturas Urbanas, Instituto Nacional do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano e do Instituto Geográfico e Cadastral de Angola.
Ao tempo em que Manuel Clemente Júnior era o Vice-Ministro do Urbanismo e Construção para o Ordenamento do Território, o actual Ministro José Silva era director nacional, daquele ministério. Desde então especulou-se que Clemente Júnior, nunca geriu bem, o facto de ter como “patrão”, um antigo inferior hierárquico.