O fim das pressões deu-se quando os partidários de Samakuva começaram a argumentar que não podiam  pedir a demissão do seu líder porque de acordo com as justificações que davam era o mesmo que seguir orientação/agitação  do partido no poder,  uma vez que o foi um Deputado do MPLA, João Pinto quem levantou o debate de instigação a  renuncia de Isaias Samakuva, em frente as câmaras da TPA.

De seguida, Luis dos Passos, Presidente do PSR, auto demitiu-se da liderança do seu partido tendo merecido elogio dos analistas do MPLA que consideram ter dado uma boa “lição” aos  demais políticos da oposição.  Dentro da sociedade, houve cruzamento de percepções de que Luis dos Passos estaria a fazer parte de uma estratégia do “regime” e que a sua “concertada” demissão serviria  para ser usada como indicador a ser apresentado por  João Pinto e Belarmino Vandunem (ambos “opinion makers” do regime), para dar sustento, nas suas analises de que Samakuva e pares deveriam fazer o mesmo.  Foi assim que Luis dos Passos foi apresentado como o  político “exemplar” por ter posto, o seu lugar a disposição.

O primeiro sinal de não alinhamento do “Galo Negro” registou-se no Lobito quando os “maninhos” naquela região emitiram, a 23 de Setembro, uma moção reiterando apoio a Isaias Samakuva.

Resumo das razões  que motivaram o termino da  pressão sobre  Samakuva
- Há na UNITA, uma consciência generalizada de que a instigação (da pressão) veio de Sectores do MPLA pelo que foi vista  como pressão “fabricada”.
- Logo após a divulgação dos resultados, o regime enviou, na mesma  noite, para ouvir a declaração de aceitação de Samakuva,  Gonçalves Inhanjica, um editor , responsável na TPA pelas  noticias da Presidência da Republica na TPA. (A urgência ou prontidão de enviar Inhanjica levantou interrogações  na UNITA, de que o envio de um jornalista da presidência era um indicador   que mostrava a participação/interferência, da instituição presidencial no processo eleitoral)
- Um relatório  de auditoria sobre as eleições, de autoria da própria  UNITA trousse/apresentou sinais de que os resultados das eleições foram forjados por um grupo de figuras conotadas com  circulo presidencial.  A não reação por parte do Governo reiterou veracidade/confiança ao relatório.
- A União Européia emitiu, um critico relatório e a reação do Presidente do CNE é em linguagem de inteligência interpretado como “revanche” de quem precisa “defender a sua dama”.
- Samakuva e o núcleo do seu Gabinete votaram naquele Município. Circulam informações, por se confirmar, que insinuam que na Maianga a UNITA teve apenas um voto.
- A FpD identificou que no site do CNE era visível uma irregularidade (erro fruto da distração dos fazedores dos resultados) ocorrida no Kwanza Norte.  O numero dos eleitores registrados correspondem o mesmo que votaram, ao que supõem dizer que desde a 2 anos que houve registro eleitoral, ninguém morreu, nem ninguém saiu/entrou na provincial do K.Norte.

Em conclusão os militantes do “Galo Negro” esvaziaram culpas a figura do seu líder. “O Presidente Samakuva não participou na batota de roubos de votos da UNITA portanto não tínhamos porque culpar-lhe?” retorquiu um militante em Benguela.

Fonte: Club-k.net