Nos os angolanos e os povos da África Subsaariana, igualmente, fomos vítimas ( e isso é se não somos até agora) das crenças que usam o genocídio como instrumento para se alcançar objetivos que em vias normais, nas relações de coexistência pacífica entre povos e nações, ninguém alcançaria:a usurpação daquilo que não te pertence, por nenhum dos direito que existem por aí e de imposição de uma cultura ou povo sobres os outros povos ( e culturas). Incentivado e protagonizado por grupos que fazem da política e dos interesses sociais um acordo entre seitas, às vezes, com características seculares ou milenares: o imperialismo e o sionismo são uma delas. Em particular o sionismo hoje transformado poderosamente em nazi-sionismo, onde a sua maior prática consiste na negação dos direitos do povo Palestino; no massacre dos habitantes da faixa de Gaza, um pedaço de terra irrisoriamente pequeno que há essas horas está absorvendo tanto sangue.
A fama do judaísmo, do seu povo e das perseguições que andaram sofrendo, desde os tempos em que Cristo, ou antes desse, deu-se a conhecer como gente ou coisa divina que andou deambulando por aquelas terras ( Jerusalém e cercanias) não tem por que ser usados hoje como instrumento de vinganças e conquistas que ferem a dignidade humana, negam o direito de povos e nações, tornam a vida e a existência humana algo insignificante. E fazem do horror da guerra o cotidiano de nossas vidas.
Esta fama, poder e lobby nos tempos modernos também não pode ser usada para controlar interesses que definam as relações de irmandade e respeito que devem existir entre povos e nações. O lobby judaico e a influência dos poderosos e privilegiados do povo judaico no mundo a fora, às vezes, representado pela classe burguesa desta mesma etnia com a cara dos sionistas, não pode servir de obstáculos nas boas relações daqueles com o resto do mundo: povos e culturas. Evitar isso não é simplesmente uma tarefa de um povo que deveria ser pacifico (o povo judaico) e dos palestinos que há quase 60 anos são vítimas do genocídio idealizado pela classe mais reacionária que às vezes tenta se apresentar como os representante do povo de Israel.
Israel um Estado criado pelas Nações Unidas, onde a política do mesmo esteve sempre traçado e definido por este lobby e as boas relações com o imperialismo norte-americano, nasceu já, por excelência, um Estado anticomunista e terrorista. Que ao longo dos 60 anos soube desempenhar bem o seu papel não só no mundo Árabe, mas mundo a fora. Não constitui segredo para ninguém de quanta ajuda o regime racista do apartheid recebeu do mesmo. As sofisticadas armas do exercito sul-africanos muitas delas viam desse país. Entre os mercenários que andaram invadindo o nosso país, pela troca de diamantes e dos favores possíveis que até hoje uns têm se beneficiado com os mesmos, estavam muitos dos soldados Israelitas( ou mercenários) .
Costuma-se mesmo dizer que o Estado de Israel é uma tremenda base militar americana intricada no meio dos países Árabes. Que ao longo dos tempos ( na guerra fria) desempenhou bem o seu papel na luta contra o comunismo, expandindo os seus territórios, massacrando populações, indefesas muitas delas; e ameaçando as nações vizinhas com o lançamento de uma suposta bomba atômica na sua missão anticomunista, anti-islâmica e anti-árabes . Definitivamente, se o povo judaico é o povo de deus, como têm se gabado os representantes do sionismo e da burguesia judaica, sua missão não é a destruição de outros povos e culturas; não é a imposição deste sobre nenhum deles.
E essa afobação de poder com arrogância incontrolável deve ser freada com atos de protestos e de solidariedade com aqueles que são vítimas desse instinto selvagem. E os sinais de protesto podem começar com as nossas lideranças que aí estão. E nela incluímos o próprio Estado e o Governo Angolano, que já deveria pronunciar-se categoricamente diante o genocídio que tem vitimado nos últimos dias os habitantes da faixa de Gaza. Afinal, não foi há muito tempo que passamos por isso, nossa experiência nos diz que hoje somos o que somos, esbanjando crescimento de 20 a 15 por cento por ano, porque ao longo de nossa existência fomos solidários e recebemos a solidariedade dos outros povos, mesmo quando a distância podia ser visto como um grande obstáculo. Por isso, Angola, o seu Governo, o Estado Angolano não pode nessas horas silenciar-se e cair no âmago da neutralidade, que quase sempre caracterizam os maus intencionados e os covardes. Mesmo quando, nos últimos anos, pelo visto e pelo grande processo de paz que reconcilia tudo, incluindo antigos inimigos, tem se beneficiado desse grande lobby econômico da comunidade israelita ou judaica. Talvez, seja precisamente por isso que não devemos aceitar e admitir que de um lado, sejamos cúmplice deste genocídio que estamos presenciando. A faixa de Gaza, e os seus habitantes clamam por um gesto de solidariedade de quem um dia passou pela mesma situação. Mas o gesto tem que ser categórico e retumbante, algo que exerça pressão de um lado e alivie a pressão de outro. Algo que caracterize e identifique a forma como nascemos e surgimos nesse mundo como nação. Ou será que precisamos tanto do lobby da comunidade judaica, dos seus dinheiros, não serão eles que andam precisando de mais dos nossos diamantes, das nossas terras e até do nosso petróleo!?
Já cometemos a besteira de fazermos o papel de palhaços quando fomos eleitos para fazer parte do Conselho não permanente das Nações Unidas. Apoiamos uma guerra injusta, cheia de mentiras, o que em parte caracteriza que também temos as mãos sujas, afinal mais de um milhão de Iraquianos já morreram. Por uma grande mentira, obra daqueles que se sentem superiores ao resto da humanidade. Fomos artificialmente induzidos e enganados a apoiar a mesma guerra, com a esperança de que ajudas para financiar a nossa reconstrução de outro lado viria. E nada vimos, ou melhor, se algo vimos, foi um grande navio passando com as inscrições: vocês são corruptos e não merecem a nossa ajuda, além disso não estamos interessados no vosso desenvolvimento e ainda com mensagens de que somos seres inferiores e por isso não merecem consideração de quem tanto, com suas mentiras, precisou do nosso voto nas Nações Unidas. A corrupção tão propalada naquele navio, virtual, não pode agora ofuscar nossa mínima solidariedade, quando um povo na comunidade das nações mais necessita.
Será que Angola vai continuar nessa posição retrograda e reacionária, sem pelo menos ameaçar a expulsão do embaixador israelita em nossas terras? Ou então chamar o mesmo e advertir das conseqüências que poderá o governo desse país (Angola) tomar como consequência dos massacres que temos presenciado. O dinheiro judaico é tanto assim, que chega a valer mais que a vida de dezenas de crianças palestinas?
Nelo de Carvalho, Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
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Fonte: Club-k.net