Lisboa  - O ex-primeiro-ministro José Sócrates foi esta sexta-feira detido no âmbito de um processo em que se investigam crimes de fraude fiscal, refere uma nota da Procuradoria-Geral da República emitida esta noite. 

Fonte: TVI24

O antigo primeiro-ministro foi detido por suspeitas de corrupção e fraude fiscal. 


A jornalista Maria José Garrido, em reportagem no Aeroporto da Portela, apurou que José Sócrates foi detido no parque de estacionamento P6, longe dos jornalistas que aguardavam nas chegadas do aeroporto.

De acordo com o jornal «Expresso», o procurador Rosário Teixeira quererá ouvir José Sócrates por causa de uma casa que habitou em Paris, já depois de ter deixado o Governo, enquanto estava a estudar.

A Procuradoria-Geral da República esclarece que a detenção de José Sócrates ocorre no âmbito de uma ação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), onde «se investigam suspeitas de branqueamento de capitais e corrupção, na sequência de diligências, desencadeadas nos últimos dias». Foram efetuadas, ao todo, quatro detenções, entre elas a de José Sócrates.

Três dos detidos já foram presentes a interrogatório judicial durante o dia desta sexta-feira. O interrogatório deve prosseguir este sábado.

José Sócrates passa a noite na prisão e deve ser presente a juiz também este sábado.

«Foram realizadas buscas em vários locais, tendo estado envolvidos nas diligências quatro magistrados do Ministério Público e 60 elementos da Autoridade Tributária e Aduaneira e da Polícia de Segurança Pública (PSP), entidades que coadjuvam o Ministério Público nesta investigação», adianta a PGR em comunicado enviado às redações.

Ainda de acordo com o mesmo documento, «o inquérito, que investiga as operações bancárias, movimentos e transferências de dinheiro sem justificação conhecida e legalmente admissível encontra-se em segredo de justiça».

A PGR esclarece ainda que investigação é «independente do denominado inquérito Monte Branco, não tendo tido origem no mesmo».