Grupo dos Santos gera emprego

Chamamentos que nos obrigaram a parar e pensar muito profundamente se deveríamos dar o nosso contributo para que a nossa história recente fosse contada como ela deve ser. E para que os nossos filhos não dêem passos em falso, seguindo trajetórias  não duvidosas. Resolvemos por o preto no branco, e dar assim a conhecer a opinião pública nacional e não só, aquilo que vivemos e que passamos, e também qual terá sido a nossa contribuição para que Angola se tornasse num país bom para se viver como se tem dito por ai.

De facto Angola se esta a tornar num sitio bom para se viver, que o digam a quantidade de estrangeiros que diariamente desembarcam nos nossos aeroportos e aqueles que atravessam as fronteiras terrestres, a quem diz mesmo que em Angola já vivem mais estrangeiros que nativos. Para este fenómeno ser uma realidade foi preciso o derramamento de muito sangue de milhares de Angolanos, foi preciso que muitos consentissem sacrifícios de toda espécie.

Nós fomos criados no seio do MPLA onde fomos educados a sermos coerentes, disciplinados, críticos de nós mesmos, para irmos melhorando a nossa performance, críticos do que esta mal e defender o bem em primeiro lugar. Na qualidade de militante deste grande partido, fiz a campanha eleitoral defendendo os ideais do meu partido e fa-lo-ei sempre que o partido precisar dos meus préstimos. Mas também serei o primeiro a criticar o meu partido quando ele cometer erros e é o que me proponho a fazer a partir de agora.

Será que os grupos económicos que vão nascendo no seio do nosso glorioso partido são benéficos?

Para um país como Angola crescer economicamente e ser forte e respeitado no conceito das nações, é bem verdade que tem ter Angolanos que possuam fortunas poderosas e sólidas, mas também não é menos verdade que a riqueza terá que ser bem distribuída por todos. As oportunidades terão que ser dadas a todos os Angolanos não é só uns que tem o direito de ficar com tudo e outros não. Quando foi da guerra de libertação nacional contra os colonialistas português os muitos Angolanos, antigos combatente, os da clandestinidade, presos políticos e todos aqueles que de uma forma ou de outra deram as suas vidas para a libertação deste grande povo e que estão a ser dizimadas e engolidos politicamente e economicamente pelos grandes grupos económicos que já proliferam na nossa praça politica. Será que esta situação não vai um dia provocar outros conflitos?

A dinâmica de desenvolvimento de uma nação tem como premissa o sector energético, então ficou decidido que o sector de energia seria altamente beneficiado com verbas avultadas para o desenvolvimento do mesmo. Como estas verbas não devem ficar em mãos de qualquer um e porque Botelho de Vasconcelos ao sair da energia para os petróleos não querendo perder a hegemonia do sector que dirigiu durante vários anos, colocou a sua afiliada como ministra do sector de energia, mesmo sabendo que a mesma da parentesco com dos políticos mais críticos ao MPLA. Continuando assim ele a ser o mandão do sector. Com os valores alocados para o sector de energia acrescentando-lhe as verbas dos petróleos fazem do Botelho de Vasconcelos um grande chefão de um dos grupos económicos aqui da praça, estando assim em condições de impor as suas pretensões ao congresso do MPLA que se avizinha.

Botelho mesmo a distância mandou remodelar os conselhos de administração de todas as empresas afectas ao sector de energia colocando nele indivíduos afectos ao seu cartel.

Vamos aqui somente designar alguns grupos existentes e que se estão a tornar numa autêntica ameaça a continuidade da coesão no seio do MPLA.

Grupo Nando fortíssimo, Grupo dos Santos fortíssimo, Grupo Catete com Roberto de Almeida a cabeça, Grupo Botelho, Grupo Ndalu talvez o mais forte em matéria de organização e em Dinheiro. Onde estão aglomerados quase todos os generais de tês de pele mais clara (os nossos compatriotas coloridos) assim como alguns ex- políticos que se dizem empresários.

Aqui na banda quem não estiver com um destes grupos nunca será ninguém e nunca alcançará nada será sempre  um empregado.

Ao escrever esta linha quero dizer aos leitores para não confundirem grupos económicos com fracções, são coisas completamente diferentes. Em certos casos os grupos económicos são benéficos para a saúde económica de um país quando ela gera emprego e traz prosperidade e acoito para o cidadão. Mas quando ela começa interferir no puder politico ai a coisa muda, quando se deixa de colocar quadros capazes e experimentados, quadros que já deram mostra do seu verdadeiro valor para se colocar mariotas.

Falando nisso, sem querer bajular, que não dê certeza ao meu forte, por isso é que vivo desde 1975 em casas de aluguer. Devo dizer aos caros leitores segundo pesquisa feita o único grupo económico aqui da banda que gera emprego é o grupo dos SANTOS é o grupo que vai criando empresas onde a prioridade é para os Angolanos. UNITEL, BIC, BFA, CIMANGOLA, e outros.


* Dino CASSULO, desde Luanda, colabora no com o blog do Nelo de Carvalho
Fonte:
WWW.blog.comunidades.net/nelo