Lisboa - O aparelho de Segurança do regime angolano interrogou, a algumas semanas atrás, um grupo de fotógrafo, a fim de identificar quem foi o profissional que terá vazado uma fotografia do general Hélder Manuel Vieira Dias “Kopelipa” trajado de cores partidárias, no congresso do MPLA, realizado no inicio do mês em Luanda.
Fonte: Club-k.net
Que lhe fotografou de cores partidárias
Apesar de não terem conseguido identificar o autor das imagens, as autoridades encararam com estranheza o facto de que logo a seguir a abertura oficial do congresso, a fotografia do general “Kopelipa” foi, imediatamente exposta nas redes sociais levantando suspeitas de que fosse trabalho de um infiltrado com o intuito de expor o Chefe da Casa de Segurança da presidência.
De acordo com constatações, não era suposto o general “Kopelipa” ser fotografo uma vez que os militares activos estão impedidos pela constituição de participar em actividades ou comícios de partidos políticos. Para além de “Kopelipa” estiveram também no primeiro dia do congresso, os generais Geraldo Sachipengo Nunda (trajado a civil), Egídio de Sousa Santos “Disciplina”, o comissário-geral da Policia Nacional, Ambrósio de Lemos e outros que apesar de terem estado trajados a civil não se deixaram fotografar.
Para evitar que o erro voltasse a acontecesse, as autoridades alteraram a sua modalidade de acesso aos fotógrafos credenciando apenas aqueles ligados aos órgãos de Estado. Os fotógrafos independentes sobretudo ligados a imprensa desvinculada ao regime apenas foram permitidos fotografar o momento de encerramento do discurso do Presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos.
A Presidente da República acolhe um Departamento de Fotografias e Vídeo do Cerimonial da Casa Civil cujo chefe é Carlos Alberto Campos, um fotografo de profissão. Cabe a este departamento fazer a gestão das imagens e vídeos dos eventos em que o Chefe de Estado participa ou toma parte.
Muitos dos quadros deste departamento são oriundos do Departamento de Informação e Propaganda do MPLA, ao tempo do partido como é o caso de Bernardo António de Sousa Sobrinho recentemente aposentado.
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