Benguela - Não há dúvidas, o ano 2014 é pretérito, bons e maus momentos passaram. Mas, há máculas no exercício da política que se tornarão inesquecíveis. Benguela, é uma terra de referência em várias vertentes. Por isso, mediremos o comportamento e os perfis das figuras políticas locais, cujo método é “meramente observativo”.

Fonte: Club-k.net

Isaac dos Anjos (IA), “consolidou” as funções de governador e de 1º secretário do MPLA em Benguela, não obstante, ter mais visibilidade como governante. È polêmico e frontal, temido e amado.

A parte “mais saborosa” do ano, foi a sua intervenção que causou pedido de desculpas públicas. Enquanto no seu terreno, gostava de ameaçar na “rua” exonerar os seus colaboradores.

De IA espera-se ainda muitas surpresas, é difícil governar o palácio cor-de-rosa!

A nível do MPLA local, IA e pares indicaram David Luciano Nahenda para o cargo de porta-voz dos camaradas. Isto criara alarido descontrolável e pranto sem cessar pela ala que há muito o “persegue”.

Talvez por recair sobre o nomeado um processo-crime, que o levara algumas horas à cadeia. Apesar de saberem que não foi condenado e logo goza do princípio da presunção de inocência.

Nahenda sempre teve detractores internos e externos, Entretanto, o que a maioria das pessoas desconhece é o verdadeiro papel de Nahenda, ou seja a mais-valia que ele representa. É um “estratega competente” que convém há muitos.

A vaga deixada por Nahenda de 1º secretário Provincial da JMPLA em Benguela, adivinha-se que Fernando Belo seu 2ª homem assumiria a pasta, que engano!

Segundo “apreciações especializadas” Fernando Belo cometera sucessivos erros: passou a dar maior visibilidade ao Movimento Espontâneo e a propaganda pessoal, e o mais grave, é que os seus discípulos não o ajudaram a ler os sinais do tempo.

Não tardou, foi despachado para um cargo “miúdo”, administrador municipal adjunto do Cubal. Pois, ele tinha o caminho aberto para ser o 1º da Jota, consequentemente deputado, e quiçá mais tarde, governante de grande “calibre”. Porquanto, tinha o tapete vermelho do poder ao seu dispor.

Presentemente, saiu da ribalta política activa e dos holofotes (a quem vai mais longe afirmando que Belo foi acantonado), restando-lhe as redes sociais, que muitas vezes faz o seu consumismo individual e do partido do seu coração. Nota-se, que está com alguma dificuldade para adaptar-se como“governante ”.

Adelta Matias assumiu o cargo de secretária provincial da JMPLA, logo que venceu as eleições. Pois, não vincou a vontade de candidato único imposto por “desconhecidos”. A ela vamos dar o benefício de dúvidas, veremos o presente ano.

Na UNITA, Alberto Ngalanela que é o secretário provincial em Benguela, é o único da oposição que goza de mais privilégios de IA. Convidava-o para suas deslocações aos municípios da província, situação que criara ciúmes em outros líderes partidários e alguns radicais do galo.

Se a nível das bazes goza de simpatia, o mesmo não se pode dizer a nível da cidade e principalmente da juventude, é quase desconhecido apesar dos encontros aos domingos. Falta-lhe impor-se no meio de estudantes e pessoas alheias à UNITA.

Aliás, o secretário provincial da JURA Gedeão José é também “praticamente desconhecido fora da sua área”. É urgente mais ousadia, furar os microfones da imprensa local, preocupar-se em navegar noutros mares: académico e social.

A CASA-CE, viu Francisco Viena que entrara de “devagarinho” a encostar à parede Florêncio Kajamba que recebera “compensação académica”.

Viena é uma figura habituada a fazer “politica para Luanda”, tem uma relação amistosa com a imprensa privada que lhe permite dar o seu “show”. Pois, que ao nível da província, enquanto andou na Frente para Democracia e mais tarde, Bloco Democrático era “militante de elite”.

Porém, joga ao seu favor um “português refinado” e acusador nato dos adversários, que diga Armando da Cruz!

Na CASA-CE, ainda não encontrou aceitação total é visto como um “intruso”. Deverá impor-se aos poucos porque tem muito trabalho para frente.

A ala juvenil da CASA-CE (Juventude patriótica) é ocupada inteiramente por Martins Domingos uma “figura confusa”. Tem passagem por varias associações juvenis, desde política à religiosa.

Martins adora ser o protagonista e tem um excessivo vício do “eu”. Está habituado a combater todos os seus detractores, vive obcecado para estar na imprensa por tudo e por nada, a frase maquiavélica “ os fins justificam os meios” aplicam-se aos seus métodos.

A par de Viena é outro “intruso”, é acusado de totalitário e avesso as criticas.

Rui Malopa Miguel secretário provincial do Partido de Renovação Social em Benguela, passara por “insónias” nos últimos dias de Dezembro do ano passado, tem um fardo pesado sobre si para descarregar. Está aparentemente, “cansado”.

Quanto a Juventude de Renovação Social (JURS) é “inexiste”, quer nos grandes eventos locais, quer nas realizações político-partidárias. O seu líder juvenil é “mudo”.

Na generalidade, a actividade dos partidos políticos locais o ano passado ilustrou, salvo algumas excepções falta de agressividade. E, há um problema crónico: a promoção da incompetência política.

É sempre assim.

Domingos Chipilica Eduardo