Lisboa -  “Muito bem, Coréon Dú”, é desta forma que o músico e actor Paulo Pascoal expressou a sua solidariedade a uma nota do seu amigo e  patrão da Semba Comunicação, no facebook, respeitante a sensura que a sua novela “Jikulomesso”, foi alvo por passar cenas de dois homens a beijarem-se.  

Fonte: Club-k.net

“Como angolano e gay,  fui apanhado de surpresa”

Ao juntar-se ao debate, Paulo Pascoal, através de uma nota no facebook, começou por esclarecer que pretende “responder as perguntas, no que diz respeito a esta recente celeuma BEIJO GAY ,  da novela ‎Jikulumessu que, não sou o "roteirista" e que não vou fazer parte da novela como actor.”

 

“Infelizmente, devido a conflitos com compromissos prévios, não pude deslocar-me a Angola para participar no projecto. Como angolano e gay, obviamente que fui apanhado de surpresa com a suspensão da novela, acho que algumas das abordagens ao tema são válidas, ainda bem que estão a acontecer, e sugiro que sejam feitas com seriedade e não de forma tendenciosa.” Disse.

 

Segundo este actor angolano radicado em Portugal,  “Acredito na tolerância à diversidade do povo angolano e pude constatar isso no ano passado quando se fez notícia o facto de me ter publicamente assumido gay.”

 

 “Há que realçar o valor pedagógico da produção da Semba Comunicação sobre as diferentes vertentes da sociedade angolana e não esquecer que o que para uns foi um acto abominável para muitos outros é um reconhecimento de igualdade, de esperança, de não ter que viver com medo de ser o que é, sempre foi e sempre será”, concluiu.