Luanda - Os governos de Angola e Portugal vão cooperar em matéria de segurança interna e proteção civil, segundo um acordo aprovado pelo Executivo angolano, indica uma nota da secretaria do Conselho de Ministros enviada hoje à Lusa.

Fonte: Lusa

Em causa está um memorando de entendimento entre o Ministério do Interior de Angola e o Ministério da Administração Interna (MAI) de Portugal, aprovado na sexta-feira em reunião do Conselho de Ministros angolano.

Proteção civil, segurança nas praias, segurança rodoviária, colaboração na formação de polícias são assuntos visados pelo Memorando de Entendimento, em que a parte portuguesa assenta sobretudo no "apoio técnico" e na partilha de "experiência".

O acordo agora aprovado foi acertado em junho de 2014, durante a visita do então ministro da Administração Interna de Portugal, Miguel Macedo, a Luanda, tendo reunido com o congénere angolano, Ângelo Veiga Tavares.

Na ocasião, o governante pediu o apoio de Portugal no combate à sinistralidade rodoviária em Angola, tendo em conta o alto índice de mortalidade nas estradas nacionais, a segunda causa de morte, depois da infeção por malária.

Segundo Ângelo Veiga Tavares, Angola pretende "colher a experiência" portuguesa nesta matéria, que "pode ser muito útil" nos esforços das autoridades angolanas na prevenção rodoviária.

"Pensamos mesmo estreitar esta cooperação no âmbito de uma assessoria presente", sublinhou na ocasião o governante angolano.

Do lado português foi transmitido o objetivo de abrir canais de cooperação estreita neste domínio, face ao número de vítimas que ainda se registam nas estradas de Angola, transmitindo a experiência de Portugal nesta matéria.

Na mesma ocasião, o ministro angolano do Interior afirmou que o país tem beneficiado da relação com o MAI de Portugal, fruto de um acordo de colaboração que data de 1995, agora alargado.

"Angola tem colhido excelentes frutos no quadro dessa relação", enfatizou o ministro angolano, aludindo ao "apoio" prestado pela GNR e PSP às forças de segurança de Angola, mas também na área do controlo de fronteiras e da proteção civil.